Manaus- Crédito: Daisy Melo/Ascom ADUA
A ADUA realizou na tarde do dia 25 de abril (quinta-feira) Assembleia Geral Descentralizada presencial nos campi da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), que contou com a participação de 71 docentes de Manaus, Parintins, Benjamim Constant e Humaitá. Os campi de Coari e Itacoatiara não conseguiram realizar assembleia. As deliberações foram: rejeição da proposta do governo por ampla maioria; realização de reuniões Setoriais nas Unidades Acadêmicas ou entre elas na semana de 30 de abril a 8 de maio; e realização de nova Assembleia Geral Descentralizada entre os dias 7 e 9 de maio, com pauta sobre a deflagração de greve na Ufam.
Nos campi em que ocorreram assembleia foi lido o documento enviado pela Diretoria da ADUA com reflexões sobre a greve das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) e a nova proposta do governo. A proposta apresentada pelo governo no dia 19 de abril insistiu em não garantir reajuste para docentes do Magistério Federal em 2024, oferecendo reajuste de 9% em 2025 e 3,5% em 2026, mantendo a proposta de reajuste do auxílio-alimentação (R$ 658 para R$ 1.000); assistência pré-escolar (R$ 321 para R$ 484,90) e saúde suplementar (o valor per capita pode ser reajustado em 51%, dependendo do escalonamento).
Durante o debate foi expresso um forte descontentamento em relação à proposta governamental. A docente da Faced, Gisele Costa, a definiu como vexatória e destacou a discrepância entre o proposto pelo Executivo e a realidade inflacionária. “A greve já existe; não somos nós a decidir pela greve. O que vamos decidir é se vamos somar ou se vamos, direta ou indiretamente, furar a greve nacional, usufruindo da luta dos outros”.
ICSEZ/Parintins
No debate em Manaus, foi ressaltado ainda que o ANDES-SN tem tentado negociar com o governo desde o ano passado, e que o Executivo decidiu apresentar proposta só agora diante da pressão das manifestações grevistas.
As condições precárias das instituições de ensino, como, por exemplo, a falta de salas de aula e ar-condicionado, além do baixo ingresso e alta da evasão de estudantes na Ufam, foram mencionadas como elementos que não podem ser dissociados do debate sobre a carreira educacional. Também foi ressaltado que as decisões precisam considerar as(os) docentes aposentadas(os) e que as(os) ativas(os) de hoje serão aposentadas(os) amanhã.
Na AG em Manaus foi reforçado o Comando Local Mobilização, criado em AG no dia 15 de março, formado, a princípio, por Raimundo Nonato (IFCHS); Ivânia Vieira (FIC); José Alcimar de Oliveira (IFCHS); Roberta Andrade; Jeferson Pereira (IFCHS); Jorge Catique (ICE), Cinthya Oliveira (ICB) e todos os sete membros da Diretoria da ADUA, passam a integrar o Comando as docentes Gisele Costa (Faced), Silvia Conde (Faced), Elciclei Faria (Faced), Ana Lúcia Gomes (ICB) e os docentes Lucas Furtado (Faced) e Antônio Oliveira (IFCHS).
O presidente da ADUA, Jacob Paiva, destacou a importância histórica das greves anteriores e defendeu uma postura mais ativa diante das demandas atuais, em um chamado de esforço conjunto para mobilizar a categoria e defender seus direitos.
A decisão da AG da ADUA foi enviada para o Comando Nacional de Greve (CNG). Até o momento a entidade não assinou o Termo de Compromisso nº 1/2024 do governo federal, cuja cerimônia de assinatura foi marcada para quinta-feira (25 de abril), pois, por ser um sindicato construído pelas decisões da base, havia comunicado ao governo que a resposta seria dada apenas no dia 26 de abril, após o resultado das assembleias nas seções sindicais.
A previsão é que as setoriais (com datas e locais a serem divulgados) sejam divididas em:
Nos campi fora da capital: ICSEZ, IEAA, ISB, INC e ICET.
Em Manaus:
1 - Faced; Fes; IFCHS; Flet; Fic; Faartes;
2 - FT; ICE; Icomp; FD;
3 - ICB; FCA; Feff; Farmácia; Fapsi;
4 - FM; EEM; FO.
IEAA/UFAM
Fonte: ADUA
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