Data: 29/01/2016
Os estudantes da Universidade Federal do Amapá (Unifap) ocuparam a reitoria da instituição na última terça (26), para exigir, entre outras pautas, melhorias estruturais no Restaurante Universitário, água para consumo no Campus Marco Zero, e lutar contra a precarização da universidade, fechamento de cursos e completo descaso com os outros campi. Os estudantes foram forçados pela Polícia Federal a desocupar o prédio na manhã de quinta-feira (28), mas mantém o acampamento em um gramado ao lado da reitoria enquanto suas reivindicações não forem atendidas.
Charly Ribeiro Sanches, um dos coordenadores gerais do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Unifap, conta que os estudantes decidiram ocupar a reitoria da universidade durante um Conselho de Entidades de Base (CEB), devido à sucessiva falta de cumprimento de acordos por parte da reitoria desde a greve da educação federal de 2015. “A reitoria sempre nos fazia promessas, dava data para cumprir e não cumpria”, ressalta o estudante.
Segundo Charly, um dos estopins para a ocupação foi a não conclusão do prédio do curso de fisioterapia. “Prometeram a conclusão do prédio e não cumpriram. Os estudantes já realizaram todas as aulas teóricas e precisam do local para terem aulas práticas. A reitoria, então, conseguiu uma sala para eles. Mas ela estava cheia de equipamentos, que foram levados para a cantina da universidade, tirando de lá um vendedor que trabalha há quase 20 anos na Unifap e transformando a cantina em um almoxarifado”, conta o coordenador geral do DCE.
Outra reivindicação dos estudantes é o fim da perseguição e da criminalização dos movimentos sociais na universidade. Durante a greve de 2015, a reitoria instaurou processos administrativos contra servidores da Unifap que realizaram manifestações, e, agora, no pedido de reintegração de posse feito à justiça, citou estudantes específicos como líderes, em uma clara tentativa de criminalizar o movimento estudantil.
Com imagem de Unifap Mobilização
Fonte: ANDES-SN |