Data: 15/01/2016
A Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), fundação pública federal vinculada ao Ministério da Saúde que é referência internacional em pesquisas de saúde pública, está convivendo com a ameaça de demissões e precarização de seus serviços por conta do ajuste fiscal realizado pelo governo federal. Conforme as diretrizes orçamentárias para 2016, o impacto dos cortes na Fiocruz recairá especialmente sobre a força de trabalho terceirizada, que deverá ser diminuída em até 20%, dependendo da unidade.
Em 28 de janeiro, uma reunião do Conselho Deliberativo (CD) da Fiocruz - do qual participam membros eleitos de cada unidade, o presidente da Fiocruz, além de representante do Sindicato dos Trabalhadores local (Asfoc Sindicato Nacional) -, decidirá como agir frente aos cortes. A informação é de Paulo Garrido, vice-presidente da Asfoc Sindicato Nacional, que teme que a Fiocruz seja prejudicada pelos cortes e pelas possíveis demissões de terceirizados. O vice-presidente da Asfoc diz, também, que nesta reunião o CD da Fiocruz vai analisar os contratos de serviços terceirizados e decidir como realizará os cortes impostos pelo governo.
“Nosso sindicato é contrário aos cortes e ao ajuste fiscal, por considerar que eles prejudicam os serviços públicos e precarizam nosso trabalho. O governo deveria realizar uma auditoria da dívida pública, que come quase metade de nosso orçamento”, afirma Garrido. A Asfoc enviará uma carta ao ministro da Saúde criticando os cortes. “Queremos manter a qualidade dos serviços prestados e do trabalho, mas com cortes de terceirizados teremos dificuldades. Como é possível manter qualidade com esses ajustes?”, completa.
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Fonte: ANDES-SN |