O ANDES-SN entrou com uma interpelação judicial contra as últimas declarações do Ministro da Educação, Abraham Weintraub, que fez referência às professoras e aos professores como “zebras gordas” e que as acusou os acusou de "só trabalharem oito horas". A ação foi redigida pela Assessoria Jurídica Nacional (AJN) do Sindicato Nacional.
Conforme o documento, um dos objetos da ação é obter explicações do ministro sobre as declarações, atribuindo aos salários de alguns professores universitários vinculados a universidades e Institutos Federais de Educação Superior (Ifes) o grande problema da educação superior no Brasil, afirmando, ainda, que estaria sendo gasta “uma fortuna” com um “grupo muito pequeno de pessoas”.
Na interpelação, a AJN ressalta que as declarações não foram acompanhadas pela apresentação de qualquer estudo sério sobre a composição salarial da categoria e "apenas funcionam como uma desqualificação geral que pretende colocar o conjunto da população contra a universidade pública".
A Assessoria Jurídica do Sindicato Nacional informa que, a fim de instruir possível ação de reparação dos danos morais coletivos, a medida judicial foi ajuizada "para que reste devidamente comprovada a ausência de base técnica e de estudo suficiente para amparar o diagnóstico de que o grande problema da educação superior seria a remuneração dos docentes" das Ifes.
Caso
O ministro utilizou seu espaço de fala no 21º Fórum Nacional de Educação Superior Particular, em 26 de setembro, para criticar os salários de professores e professoras de Ifes.
Segundo Weintraub: “o problema do ensino superior brasileiro é que a gente gasta uma fortuna com um grupo muito pequeno de pessoas”, e que essas despesas são, hoje, a principal preocupação da pasta. Nas palavras do ministro, é preciso ir “atrás de onde está a zebra mais gorda, que é um professor de uma federal, com dedicação exclusiva, ministrando oito horas de aula por semana e ganhando de R$ 15 a R$ 20 mil por mês”.
Leia aqui a interpelação judicial na íntegra
Fonte: ANDE-SN com edição da ADUA-SSind.
|