Data: 11/09/2015
Com apenas 16 votos contrários, os professores da UFPA aprovaram, por ampla maioria, a continuidade da greve da categoria. A decisão foi tomada durante assembleia geral da ADUFPA, que ocorreu na manhã de quarta-feira, 9, nos Altos do Vadião, onde os docentes avaliaram a conjuntura e decidiram permanecer em greve para forçar o governo Dilma a apresentar uma contraproposta que contemple as reivindicações da categoria.
Os professores aprovaram, também, um calendário de ações para as próximas semanas, que inclui reuniões nas unidades acadêmicas e participação na Marcha Nacional dos Trabalhadores e no Encontro Nacional dos Lutadores, que irão ocorrer em São Paulo, nos dias 18 e 19 de setembro, respectivamente.
Durante a assembleia, o professor José Alves, da diretoria da ADUFPA, fez uma análise do cenário político e econômico e destacou a importância de fortalecimento da greve para defender a educação pública. “Hoje, quem traça a política econômica do governo Dilma é o Roberto Setubal, do Itaú, e o Luís Trabucco, do Bradesco, que já mostraram o que vai ser o orçamento de 2016. Não terá novas verbas para o Pronatec e o programa Ciências sem Fronteiras só vai atender o que já estava previamente agendado”, exemplificou Alves.
A professora Olgaíses Maués, da diretoria do ANDES-SN, também avaliou a greve e defendeu a continuidade do movimento grevista para que os docentes das Instituições Federais de Ensino (IFE) não paguem os custos da atual crise econômica. “A saída de greve, neste momento, será muito proveitosa para o governo e para aqueles que atacam nossa carreira. Então, temos que continuar em greve e forçar o governo para uma negociação efetiva, para que não sejamos os responsáveis a pagar o preço dessa crise”, afirmou Olgaíses.
Os professores reivindicam, entre outros pontos, a reversão dos cortes no Orçamento da educação pública, a reestruturação da carreira docente, a valorização salarial de ativos e aposentados, a defesa do caráter público da universidade, a garantia de autonomia universitária e melhores condições de trabalho.
A assembleia ratificou, ainda, o nome da professora Joselene Mota, para representar os docentes da UFPA no Comando Nacional de Greve (CNG), e constituiu uma comissão que irá acompanhar a elaboração da proposta de resolução da UFPA sobre a carga horária docente, a ser discutida nos conselhos superiores. A comissão da ADUFPA será constituída pelos docentes Ailton Lima, Suelene Pavão e Vera Jacob.
Prestação de contas
Ao final da assembleia, os docentes aprovaram, por unanimidade, a prestação de contas da ADUFPA referente ao mês de setembro de 2014. Por conta do horário, a continuidade da apreciação da prestação de contas da entidade será feita na próxima assembleia da categoria, em data ainda a ser definida.
Fonte: Adufpa |