Data: 21/08/2015
A diretoria da Adua divulgou, na tarde desta quinta-feira (20), nota pública sobre o impasse do calendário acadêmico que vem mobilizando o debate em torno da greve dos docentes da Ufam, iniciada no último dia 15 de junho. O conteúdo preliminar da nota foi elaborado durante reunião do Comando Local de Greve (CLG), realizada na tarde de terça-feira (18). Na ocasião, os docentes fizeram uma avaliação do debate sobre o calendário acadêmico que reuniu, naquela manhã, o pró-reitor de Ensino e Graduação (Proeg), professor Lucídio Rocha, alunos e professores no auditório da Adua.
A defesa da reposição integral do primeiro semestre e a manutenção dos pré-requisitos foram alguns pontos defendidos pelo pró-reitor, o que revela consonância com a posição do sindicato. Por outro lado, os integrantes do movimento identificaram aspectos contraditórios no discurso do professor, como a possibilidade da realização de dois ou mais calendários. “O pró-reitor afirmou que as estatísticas revelam um empate técnico, o que é um equívoco, pois a margem de erro deve ultrapassar os 5%”, disse o presidente da Adua, José Alcimar de Oliveira. De acordo com dados da Proeg, 54% das matérias dos cursos oferecidos pela Ufam ainda permaneciam sem as notas lançadas.
“Este levantamento já indica a necessidade de estudar alternativas e afirmar que não há condições de manter o calendário acadêmico”, reforça o professor Antônio Vale da Costa, primeiro vice-presidente do Regional Norte do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes-SN). “Existe uma clara tentativa de mobilizar os alunos contra o movimento paredista”, acrescentou. “A administração está utilizando a decisão judicial (que proibiu o Conselho Universitário de suspender o calendário acadêmico) como escudo para proteger suas posições”, observa a professora Rosa Brianezzi.
Fonte: Adua |