Data: 10/08/15
Manifestação será no Largo São Sebastião a partir das 16h e também terá como pauta a luta contra o corte de recursos da Educação
O coletivo estudantil Movimente Ufam, em parceria com a ADUA e o Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior do Amazonas (Sintesam) realiza, na tarde desta terça-feira (11), ato contra a redução da maioridade penal e os cortes de verbas na Educação. A concentração começa às 16h, no Largo São Sebastião, zona Sul de Manaus.
Em nível nacional, o evento é organizado pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Instituições de Ensino Superior (Fasubra), Sindicato Nacional dos Servidores Federais de Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) e Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN).
O ato aproveita a data em que se comemora o Dia do Estudante para chamar a atenção para questões que extrapolam o ambiente dos alunos, mas que têm relação direta com a juventude. “A questão da redução da maioridade penal atinge frontalmente a classe trabalhadora e a juventude. Em vez de tratarem a doença, preferem se preocupar com os sintomas. Temos a 4ª maior população carcerária do mundo e, ainda assim, costuma-se dizer que o Brasil é o país da impunidade”, analisa Luiz André Nascimento, estudante do 4º período de Economia e membro do coletivo Movimente Ufam. Para ele, urge a necessidade de combater as causas da violência.
Na opinião do estudante, com o corte de verbas da educação estabelecido pelo governo federal, a situação de vulnerabilidade da população mais carente tende a piorar. O total de recursos cancelados chega a R$ 16 bilhões de reais. “Além disso, nossas autoridades não oferecem aos jovens saídos das prisões oportunidades para que eles possam voltar a viver em sociedade”, critica Nascimento. Durante a manifestação, serão lembradas também as 36 vítimas da onda de violência que irrompeu em Manaus no mês passado.
“Vivemos numa época em que o estudante está impedido de exercer seus direitos, e o corte de verbas da educação é o exemplo mais óbvio. No âmbito acadêmico, por outro lado, falta a devida atenção com o calendário acadêmico”, complementa a mestranda em História Stephanie Lopes.
A manifestação, de acordo com Aldair Marialva, aluno do 3º período de Filosofia, é uma oportunidade para a comunidade acadêmica dialogar com as questões urgentes levantadas pela sociedade civil. “Dessa maneira, conseguiremos extrapolar os muros da universidade e nos posicionar”, finaliza.
Fonte: ADUA
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