Considerada a maior manifestação de mulheres da América Latina, a Marcha das Margaridas irá ocorrer nos dias 15 e 16 de agosto, em Brasília (DF). O ANDES-SN está chama a categoria a participar da 7ª edição do evento que aponta para a importância de fortalecer a soberania e segurança alimentar e assegurar a participação das mulheres na política e nos espaços de tomada de decisões.
A previsão é que a mobilização, que ocorre a cada quatro anos, reúna cerca de 100 mil mulheres trabalhadoras no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade. Para participar da marcha, é necessário confirmar a participação até as 18h (horário de Brasília) desta segunda-feira (14), preenchendo o formulário disponível aqui.
Entre os eixos Políticos da Marcha das Margaridas 2023 estão: democracia participativa e soberania popular; poder e participação política das mulheres; autodeterminação dos povos, com soberania alimentar, hídrica e energética; democratização do acesso à terra e garantia dos direitos territoriais e dos maretórios; vida saudável com agroecologia e segurança alimentar e nutricional e direito de acesso e uso da biodiversidade, defesa dos bens comuns e proteção da natureza com justiça ambiental e climática. Outras informações podem ser obtidas na página oficial do evento www.marchadasmargaridas.org.br.
No 64º Conad realizado em 2019, a base do ANDES-SN aprovou que a participação do Sindicato na Marcha seria um assunto encaminhado para discussão nos Grupos de Trabalho de Políticas de Classe Para Questões Étnico-Raciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) e de Trabalho Política Agrária, Urbana e Ambiental (GTPAUA). E, ainda, que as seções sindicais avaliem suas participações na Marcha das Margaridas.
Quem foi Margarida Alves?
Margarida Alves foi uma das primeiras mulheres do Brasil a ocupar a direção de um sindicato. A camponesa paraibana lutou por contratações com carteira assinada e pagamento de direitos trabalhistas. Era também uma crítica do trabalho infantil nas plantações e uma defensora ferrenha da educação. Foi brutalmente assassinada há 40 anos, na frente do marido e do filho, a mando de latifundiários da cidade de Alagoa Grande (PB).
No dia 12 de agosto é celebrado o Dia de Luta contra a Violência no Campo e Dia Nacional dos Direitos Humanos. A data também marca o assassinato por motivações políticas de Margarida Alves.
A sindicalista e defensora dos direitos humanos reivindicou os direitos das trabalhadoras(es) rurais pelo cultivo das terras e ao acesso à educação e a extinção do trabalho infantil no corte de cana.
A trajetória da ativista inspira a Marcha das Margaridas, manifestação de mulheres rurais e do campo realizada anualmente desde 2000 em Brasília pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura.
A violência contra as mulheres rurais e defensoras e ativistas de direitos humanos e meio ambiente é um cenário alarmante que pede esforços coordenados do Estado e sociedade civil para o enfrentamento e garantia do direito mais elementar: uma vida digna para todas as mulheres.
Assim como Margarida Alves, as mulheres do campo e de diferentes territórios simbolizam a resistência e luta por direitos em nosso país. Portanto, garantir seus direitos humanos mais básicos precisa ser um compromisso de diversas esferas.
Fonte: com informações do ANDES-SN
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