Data: 05/08/2015
Professores, estudantes e técnico-administrativos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) participaram, na manhã desta terça-feira (5), de Assembleia Unificada que marcou o fortalecimento do movimento paredista na instituição. O ato, realizado no Bosque da Resistência, na entrada do Campus Universitário, reuniu mais de 150 pessoas e teve como objetivo intensificar as ações de ocupação, além de chamar a atenção para a atual situação da universidade.
“As unidades estão sofrendo pelo excesso de precarização, faltam professores e concursos públicos não foram realizados”, afirmou o presidente da ADUA, José Alcimar de Oliveira. Durante a Assembleia, os docentes não concordaram com o aumento de 19% no salário, sugerido pelo Fórum dos Servidores Públicos Federais. Esse percentual era a contraproposta ao reajuste do Governo Federal, que prevê um acréscimo de 21,3% dividido em quatro parcelas anuais. A categoria na Ufam ainda acompanha a proposta do ANDES-SN de acréscimo de 27,5%, pago em parcela única em 2016.
Os participantes da Assembleia Unificada também distribuíram carta aberta que indaga a reitora da Ufam, Márcia Perales, a respeito do impacto real causado pelo corte de verbas do Governo Federal na instituição. O valor total de recursos que deixaram de ser aplicados na Educação chega a R$ 10 bilhões. O documento foi entregue à reitora após carreata que seguiu em direção ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), que ocorria na sala de reunião dos Conselhos, na Faculdade de Direito.
Na ocasião, o presidente da ADUA, professor José Alcimar de Oliveira, falou sobre o ofício entregue nesta terça (4), em que solicita à Reitoria a realização de uma nova reunião do Conselho Universitário (Consuni), maior instância deliberativa da universidade, “para discutir e deliberar sobre os encaminhamentos necessários à garantia da ordem acadêmica”.
Na última sexta-feira (31), o desembargador federal Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, proferiu decisão que cassou a liminar que impedia o Consuni de deliberar sobre a suspensão do calendário. A decisão está disponível na página eletrônica do Diário da Justiça da União e foi publicada nesta quarta-feira (5).
“A liminar anterior traz uma série de consequências, como os prejuízos decorrentes da eventual manutenção do calendário acadêmico. Como retornar às aulas no segundo semestre de 2015 se há disciplinas que não foram concluídas no primeiro semestre?”, questionou o presidente da seção sindical.
De acordo com a reitora, Márcia Perales, o atual contexto caracteriza uma situação excepcional. “A administração superior levou em consideração as solicitações dos docentes que não aderiram”, explica. Perales explicou ainda que a decisão do desembargador deve ser encaminhada para análise da Procuradoria da Ufam.
Fonte: ADUA |