09 de agosto é Dia Nacional de Luta pela Revogação do “Novo” Ensino Médio (NEM). Aprovado durante o governo de Michel Temer, implementado no governo de Jair Bolsonaro e mantido pelo governo Lula, o NEM aprofunda também a desigualdade estrutural e o racismo na Educação. Por esses e muitos outros motivos, o ANDES-SN e muitas outras entidades representativas das categorias docentes e estudantil realizam manifestações em várias partes do país.
Em Brasília (DF), está previsto, neste dia 9, a realização de um ato, às 10h (horário de Brasília), em frente ao prédio do Ministério da Educação (MEC), onde será entregue ao ministro, Camilo Santana (PT/CE), a pauta de reivindicações em defesa da Educação Pública. A manifestação contará com a participação do grupo de percussão Batalá e a realização de um abraço simbólico no prédio do ministério para pressionar pelas mudanças. A mobilização continua no período da tarde no estacionamento do Anexo 2 da Câmara dos Deputados, às 15h.
Também neste dia 9, docentes do Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente (IEAA/Humaitá) e sindicalizados(as) à ADUA estarão reunidos(as) às 19h, no auditório Açaí, para tratar da pauta: Dia Nacional de Luta contra NEM e a Campanha Salarial do Funcionalismo em 2024. A atividade marca o Dia Nacional de Luta pela Revogação do NEM e faz parte do calendário da Semana de Lutas em Defesa da Educação Pública e da Negociação Salarial (07 a 11 de agosto), promovida pelo ANDES-SN. Para sexta-feira (11), Dia do e da Estudante, a Frente Contra o Novo Ensino Médio de Manaus organiza ainda agitação e panfletagem contra o NEM na Praça da Polícia, no Centro de Manaus, com concentração às 16h.
Na manhã de terça (8), estudantes e docentes que integram a Frente promoveram uma ocupação no hall da Faculdade de Educação (Faced), no setor Norte do campus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). A iniciativa teve como propósito chamar a atenção da comunidade acadêmica para as consequências nocivas da implementação do NEM. A ADUA foi representada pelo presidente da Seção Sindical, Jacob Paiva, e pela também diretoria, Jocélia Barbosa.
Também no dia 8 o governo federal divulgou a prévia das mudanças no NEM (acesse aqui), resultantes da consulta pública estabelecida por meio da Portaria 399/23. Mas, as propostas governamentais não avançam na valorização dos e das docentes e ainda mantém o NEM, concebido à revelia de um processo democrático de construção a partir das escolas e do movimento estudantil. Conforme avaliação do Grupo de Trabalho de Política Educacional (GTPE) do ANDES-SN, não há como “reformar a reforma”. É necessária a revogação. O “revoguinho”, como vem sendo avaliado, pouco busca reduzir as diferenças e as exclusões promovidas pelo NEM.
Durante o ato no hall da Faced, o professor Jacob discursou sobre a necessidade de estabelecer o debate sobre a escola unitária. “É uma forma de mostrarmos que esta sociedade, pela sua natureza, não consegue garantir uma educação qualitativa, em relação à formação geral e em relação ao mundo de trabalho. Não como preparação para o mercado de trabalho como o capitalismo chama, mas de preparação para o mundo do trabalho. Uma preparação que não envolva só domínios técnicos-científicos, mas também filosóficos, sociológicos, antropológicos, artísticos-culturais, que fazem parte da formação complexa que necessitamos”, afirmou.
Para o estudante do curso de Geografia e membro da Frente, Cláudio Lima, a atividade na universidade foi positiva, porque foi um ato no qual estudantes de Pedagogia da Ufam, estudantes da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e integrantes do Grêmio Estudantil da Escola Estadual "Professora Ruth Prestes Gonçalves” puderam compartilhar suas análises sobre o NEM. “Como saiu o resultado da consulta pública do MEC, aproveitamos para pautar a farsa que ela representa, assim como buscamos ressaltar os ânimos dos estudantes para manter a luta até a revogação imediata do NEM”, comentou.
É preciso se manifestar nas ruas e nas redes contra essa contrarreforma que aprofunda a desigualdade na Educação e dificulta o acesso de estudantes às universidades. Compartilhe os cards nas suas redes sociais com a hashtag #revoganem
Não tem mediação. É revogação já!
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Fonte: ADUA com informações do ANDES-SN
Fotos: Sue Anne Cursino/AscomADUA
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