Nos dias 2, 3 e 4 de agosto, das 9h às 12h, organizações e entidades que atuam em defesa dos povos indígenas realizarão o seminário “Três Anos do Massacre do Rio Abacaxis: haverá justiça e reparação?" no auditório Rio Solimões, no setor Norte do campus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em Manaus. O objetivo do encontro é discutir a impunidade que persiste após o episódio de violência policial ocorrido no dia 03 de agosto de 2020, que espalhou terror e vitimou quatro ribeirinhos e dois indígenas do povo Munduruku, na região próxima à Nova Olinda do Norte (AM).
"As marcas das agressões ainda estão cravadas na alma dos Povos Munduruku, Maraguá e das famílias ribeirinhas diretamente e indiretamente vitimizados(as) pela ação da Polícia Militar do Estado do Amazonas", afirma a chamada do encontro, que destaca a necessidade de trazer à tona a questão da violência sofrida e buscar caminhos por justiça e reparação.
A inscrição para participar do encontro é gratuita e pode ser realizada no endereço https://www.even3.com.br/3-anos-do-massacre-do-rio-abacaxis-havera-justica-e-reparacao-369192/.
Em manifesto divulgado em maio deste ano, o Coletivo Pelos Povos do Abacaxis afirma: "Na esperança de que a justiça plena chegue para os injustiçados/as, vítimas e familiares do massacre do Abacaxis, bem como nos casos de Bruno e Dom e Maxciel, seguimos com teimosia para que seja respeitada a Constituição. Desejamos a responsabilização de todos os envolvidos no massacre, bem como a identificação e punição dos policiais envolvidos neste crime. A indenização das vítimas e a proteção das testemunhas que presenciaram os fatos".
Entre os organizadores do seminário estão a Frente Amazônica de Mobilização em Defesa dos Direitos Indígenas (Famddi), entidade à qual a ADUA integra; o grupo de pesquisa Dabukuri - Planejamento e Gestão do Território na Amazônia; o Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGEOG); a Comissão Pastoral da Terra Regional Amazonas (CPT Regional Amazonas); o Conselho Indigenista Missionário (Cimi Regional Norte I); a Casa da Cultura do Urubuí (Cacui) e o Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS).
Fontes: ADUA com informações do Cimi, Grupo de Pesquisa Dabukuri, Amazônia Real e Nexo Jornal.
Foto: Funai/Divulgação
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