Viva Marielle Franco, Tereza de Benguela, Luiza Mahin, Carolina Maria de Jesus, Dandara e todas as mulheres de luta e resistência. Neste 25 de julho, Dia da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha e Dia Nacional de Tereza de Benguela, a ADUA reafirma a importância de resgatar a ancestralidade das mulheres negras, latino-americanas e caribenhas na denúncia e combate à opressão racial e machista.
Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha teve origem, em 1992, a partir do 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingo, na República Dominicana. Na reunião, representantes de 32 países compartilharam experiências, denunciaram opressões e definiram estratégias para a luta contra o machismo e o racismo.
No Brasil, nesta data também é comemorado o dia de Tereza de Benguela, que viveu no século 18 e liderava o quilombo do Quariterê, no Vale do Guaporé (MT), lugar que abrigava negros(as) escravizados(as) e indígenas. Chamada de “Rainha Tereza”, ela comandava o quilombo com forte aparato de defesa e um “parlamento” para decidir as ações da comunidade. Não se sabe ao certo o motivo de sua morte. O Dia Nacional de Tereza Benguela e da Mulher Negra foi criado pela Lei 12.987/2014.
Historicamente, a mulher negra brasileira é principal vítima de feminicídio, violências doméstica e obstétrica e da mortalidade materna. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no Brasil, 699 mulheres foram vítimas de feminicídio em 2022, sendo que 62% delas eram negras.
Em 2023, o assassinato de Marielle Franco completou cinco anos, e representa um dos milhares de casos de violência que segue sem conclusão das investigações e sem punição.
Nas greves operárias e na Educação, nas lutas quilombolas, ocupações de escola, na cidade ou no campo, contra a lgbtfobia, o estupro e a violência machista e policial, as mulheres estão na linha de frente, especialmente as negras.
Apesar das décadas que separam a história das mulheres negras, que em diferentes frentes mobilizaram forças em defesa da vida, é nas palavras de Carolina Maria de Jesus que se inspira a luta por justiça: “Comigo o mundo vai modificar-se. Não gosto de como ele é”.
Viva a Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha!
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