Data: 14/07/2015
Para marcar o 1º mês da paralisação dos docentes na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o Comando Local Unificado de Greve (CLUG) realiza nesta quarta-feira (15), no ‘Bosque da Resistência’, na entrada do Campus Universitário o ‘Auto dos 30 Dias’. O ato público está marcado para as 9h e será realizado por professores e técnico- administrativos, com apoio de estudantes.
Segundo um dos membros do CLUG, professor Albertino Carvalho, o ‘Auto dos 30 Dias’ retratará a realidade da Ufam e a luta dos docentes em defesa da instituição. “A greve dos docentes é um movimento crescente e persistente. Estamos chegando aos 30 dias de greve e demonstrando claramente o que tem sido feito em defesa dessa instituição. Um mês após o dia de deflagração da greve em defesa da universidade, vamos apresentar um ato teatral para demonstrar que o movimento continua e está consolidado no país inteiro. Carreira docente, falta de assistência estudantil e os demais itens da nossa pauta serão demonstrados durante a performance”, disse.
A coordenadora-geral do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Estado do Amazonas (Sintesam), Crizolda Araújo, avalia positivamente a paralisação que no caso dos técnico-administrativos chega a 66 das 68 universidades públicas. “Essa é a primeira vez que o movimento paredista dos técnicos chega a um número tão grande, faltando apenas duas instituições para completar 100% de adesão. Isso mostra a força da categoria diante da recusa do governo em negociar”, disse.
Fernanda Fernandes, universitária do curso de história e integrante do ‘Movimente Ufam’, de oposição ao Diretório Central dos Estudantes (DCE), participará do ‘Auto dos 30 Dias’, na encenação e na organização. “Vamos ajudar em tudo que pudermos. Envolve cultura e política dentro da universidade e esse trabalho junto aos professores traz grandes experiências de luta pela Ufam, algo que não víamos há tempos. Estamos em defesa da universidade”, declarou.
Na Ufam, a greve dos professores teve início no dia 15 de junho. A pauta de reivindicação da categoria inclui a defesa do caráter público da universidade, melhores condições de trabalho, garantia de autonomia, reestruturação da carreira e a valorização salarial de ativos e aposentados. Já a paralisação dos técnicos teve início dia 28 de maio, junto com o movimento paredista nacional. Além disso, as duas categorias contam com apoio de estudantes na luta contra o profundo corte de recursos da Educação.
Fonte: ADUA |