Dia de celebrar as conquistas da comunidade LGBTQIAP+. Dia de luta por respeito à diversidade, direitos e políticas públicas. Dia de combater à discriminação, ao ódio, à violência e a opressão por orientação sexual e identidade de gênero.
A data relembra a revolta de Stonewall, ocorrida em Nova Iorque em 1969, considerado o marco do movimento. Um protesto em defesa do clube gay Stonewall Inn, aberto em 1967, no bairro de Greenwich Village, foi coibido por policiais.
O clube era alvo frequente de ação da polícia e os frequentadores vítimas de represálias até que, naquela noite, o público não aceitou a abordagem. Cansados da repressão, resistiram e seguem resistindo ainda hoje em todo o mundo!
O 28 de junho faz parte do calendário de lutas da ADUA e do ANDES-SN. Em Congresso do Sindicato Nacional foi aprovado um Dia Nacional de Combate à LGBTQIA+fobia nas universidades, institutos e Cefets. Docentes, que fazem parte da comunidade, têm debatido políticas públicas nessas instituições e no ANDES-SN através do Grupo de Trabalho de Políticas de Classe, Questões Étnico-raciais, Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS).
Pesquisa
O Brasil lidera o ranking de país com mais interações de ódio contra as pessoas LGBTQIAP+ nas redes sociais, conforme pesquisa divulgada pela Deep Digital LLYC. O levantamento aponta que o Brasil possui 37,67% do volume de mensagens de ódio a essa comunidade. O levantamento monitorou as mensagens de apoio e ódio contra a população LGBTQIA+ nas redes sociais por quatro anos.
No Brasil, “registou-se um decréscimo de 46,24% na comunidade promotora. Ao mesmo tempo, a opositora experimentou um aumento de 13,16%. Além disso, no final de 2022, foi observado um aumento no número de membros da comunidade opositora”, mostra a pesquisa.
Entre as pautas de promoção e apoio à população LGBTQIAP+ no país estão a marcha do orgulho, promoção do respeito pelos direitos, sentimento de esperança com o novo governo e denúncia de violência contra mulheres trans nos presídios. Entre as narrativas opositoras, os assuntos mais pautados são adoção de crianças por LGBTQIAP+, ideologia de gênero e supostos privilégios de LGBTQIAP+.
“A análise investiga as diferentes comunidades que são protagonistas desta conversa, e coloca um foco especial em analisar se o discurso de ódio contra o coletivo, promovido por comunidades opositoras, está evoluindo e como, neste contexto, o discurso de apoio ao grupo se comporta”, aponta o estudo.
O levantamento considerou as redes sociais de dez países nas Américas: Estados Unidos, Brasil, México, Argentina, Colômbia, Chile, Peru, Equador, Panamá e República Dominicana; e dois na Europa: Espanha e Portugal.
Na análise por país, a maioria das mensagens promotoras vem dos Estados Unidos (69,08%) quanto ao volume da população promotora. Em seguida, os países que mais contribuem com o volume da conversa promotora global são Espanha (12,62%) e México (5,70%). Quanto aos opositores, o Brasil lidera (37,67%) seguido pelos Estados Unidos (34,71%) e Espanha (11,23%).
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