Data: 23/06/2015
Ato ocorre pouco antes da reunião do Ministério da Educação com o ANDES-SN, marcada para as 14h desta terça (23) em Brasília
Em ato público realizado na manhã desta terça-feira (23) no ‘Bosque da Resistência’, na entrada do Campus Universitário, professores e técnico-administrativos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) cobraram efetiva negociação do Ministério da Educação (MEC) com as duas categorias. Os técnicos da universidade estão em greve desde o dia 28 de maio; os docentes, desde o dia 15 de junho.
A manifestação, que contou também com a participação de estudantes, mostra que os servidores estão em alerta e vão continuam exigindo respostas concretas às universidades, precarizadas ainda mais com o corte de quase R$ 10 bilhões de recursos da Educação. “Vamos intensificar a mobilização e exigir a abertura de um canal efetivo de negociação”, disse a integrante do Comando Local Unificado de Greve (CLUG) e coordenadora de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Estado do Amazonas (Sintesam), Ana Grijó.
O ato, chamado pela comunidade acadêmica de “Dia de Mobilização pela Abertura de Negociações com MEC/SESu”, ocorre pouco antes da reunião agendada pela Secretaria de Educação Superior da pasta com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) às 14h, em Brasília (DF). No encontro serão discutidas as reivindicações dos docentes federais, em greve nacional desde 28 de maio.
Na última reunião entre ANDES-SN, o Ministro da Educação em exercício, Luís Claudio Costa, e representantes da SESu, em 22 de maio, os docentes apresentaram, mais uma vez, a pauta da categoria, que inclui a defesa do caráter público da universidade, melhores condições de trabalho, garantia de autonomia, reestruturação da carreira e valorização salarial de ativos e aposentados. Os representantes da pasta novamente não apresentaram respostas.
“O nosso objetivo é demonstrar ao governo federal que vamos manter forte a mobilização de professores, técnicos e estudantes na Ufam, porque já está claro que só por meio da pressão do movimento social e sindical é que o MEC se organiza para atender as chamadas de reuniões e abertura de negociação. Estar só em sala de aula não basta”, disse a docente do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) e integrante do CLUG, Patrícia Sampaio.
Durante as primeiras horas da manhã, docentes e técnicos fizeram panfletagem junto aos estudantes e à comunidade externa, para explicar os motivos da paralisação. Até o momento, 35 seções sindicais docentes, em 21 estados, já deflagraram greve e outras adesões já estão anunciadas. Já o movimento paredista dos técnico-administrativos atinge 53 instituições em todo o país. Discentes também lutam por mais verbas para assistência e permanência estudantil (moradia, creches, restaurante com qualidade, aumento nos valores das bolsas, espaços para entidades representativas).
Fonte: ADUA |