Data: 11/06/2015
Professores, técnico-administrativos e estudantes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) promovem nesta sexta-feira (12), Dia dos Namorados, ato em defesa da universidade pública, gratuita e socialmente referenciada. A iniciativa, proposta pelo Comando Nacional de Greve (CNG) dos Docentes Federais, tem como mote “Educação Pública: namore esta ideia e assuma um compromisso”. A mobilização ocorrerá no “Bosque da Resistência”, na entrada do Campus Universitário, a partir das 8h.
Essa é a última manifestação pública dos três segmentos da Ufam, antes do início da greve dos docentes da instituição, a partir de segunda-feira (15). O movimento paredista dos professores se soma à paralisação dos técnico-administrativos da universidade, iniciada no dia 28 de maio. O ato conta ainda com a participação de estudantes que apoiam a luta dos trabalhadores e o caráter público da universidade. Vários movimentos estudantis, em Manaus e nos demais campi, iniciaram a mobilização em favor da pauta discente.
A manifestação intitulada “Dia Nacional dos Apaixonados pela Educação Pública” ocorrerá em várias Instituições Federais, Estaduais e Municipais de Ensino Superior. “É necessário manter a natureza pública da educação, porque sem educação pública é vazio o discurso da cidadania. Não há cidadania digna deste nome nem pátria educadora se à população é negado o direito à educação pública e de qualidade. Chega de publicidade e de meia educação para o povo. Como dizia Darcy Ribeiro, o Estado brasileiro tem se caracterizado historicamente como país que criou e mantém ‘uma escola pública desonesta’. Nossa tarefa histórica é romper o vicioso cerco da privataria em curso, que converte o direito à educação em mercadoria venal”, afirmou o presidente da ADUA, José Alcimar de Oliveira.
Bosque da Resistência
O 1º secretário do Sindicato Nacional e integrante do Comando Local de Greve (CLG) dos docentes da Ufam, Jacob Paiva, explica a proposta da iniciativa. “Nós, integrantes dos três segmentos da comunidade acadêmica, vamos fazer uma recepção às pessoas na entrada do Campus, para esclarecer e reafirmar o nosso compromisso com a educação pública de qualidade e colocar a greve como parte dessa luta mais uma vez, pedindo a reversão dos cortes do orçamento da Educação”, disse.
Da pauta de reivindicações dos três segmentos da Ufam consta a defesa do caráter público da universidade, a ampliação das vagas por concurso público para docentes e técnicos, melhores condições de trabalho e ensino, a garantia da autonomia universitária, a reestruturação da carreira docente e o aperfeiçoamento da carreira dos técnicos, a valorização salarial de ativos e aposentados, e mais verbas para assistência e permanência estudantil (moradia, creches, restaurante com qualidade, aumento nos valores das bolsas, espaços para suas entidades representativas). “A manifestação desta sexta é uma declaração de compromisso e amor a essas causas”, conclui Paiva.
Fonte: ADUA |