Data: 10/06/2015
Nesta terça-feira (9) centrais sindicais argentinas promoveram mais uma paralisação de 24 horas em todo o setor de transporte do país. Trens, aviões, ônibus e toda a rede de transporte de cargas estão parados. Bloqueios de estradas e piquetes ocorrem em diferentes cidades do país. Além disso, o setor marítimo portuário também ameaça parar totalmente.
Na Argentina, os trabalhadores lutam contra demissões, precarização do trabalho, a terceirização, contra o estabelecimento de tetos, imposto pelo governo, em até 27% para o aumento dos salários, com exceção dos setores de alta rentabilidade, como bancos e exportações de óleos. A ampliação da faixa de isentos ao imposto sobre o salário, que hoje está em 15 mil pesos (R$ 5,1 mil) é, também, uma das reivindicações da classe trabalhadora. O tributo desconta até 35% da renda, de acordo com a faixa salarial.
Esta é a quinta paralisação enfrentada pelo governo desde que Cristina Kirchner assumiu a presidência, em 2007, e a segunda em menos de três meses. A manifestação ocorre às vésperas da eleição presidencial, pleito em que Cristina não pode mais se candidatar, pois já está em seu segundo mandato consecutivo — de acordo com as leis vigentes. No dia 31 de março deste ano houve paralisação em quase toda a atividade industrial e de serviços de transportes.
A manifestação foi convocada pela Confederação Argentina de Trabalhadores de Transportes (CATT), a Central de Trabalhadores da Argentina (CTA) e Central Geral de Trabalhadores (CGT) - além de outras entidades de trabalhadores.
*Com informações do Correio Braziliense, La Izquierda Diario (foto) e La Nacion
Fonte: ANDES-SN |