Representantes de 30 seções sindicais do ANDES-SN participaram do VIII Seminário Saúde do(a) trabalhador(a) docente do Sindicato Nacional com tema “Trabalho docente: implicações na saúde e reflexos na vida”, de 17 a 19 de março, na Universidade de São Paulo (USP). A ADUA foi representada pela docente da Escola de Enfermagem (EEM/Ufam), Sheila Vitor da Silva.
O discurso de luta em defesa dos hospitais universitários, da saúde, dos serviços públicos e de uma universidade para todas e todos foi uníssono na mesa de abertura do evento.
As reflexões apresentadas nas mesas de diálogo foram construídas com bases nos temas: “A pandemia, ensino remoto, intensificação da precarização do trabalho e adoecimento docente”; “O papel do estado e a saúde do(a) trabalhador(a)” e “Saúde e condições de trabalho do(a)s docente”.
No painel “Levantamento de saúde do(a) trabalhador(a) docente” foram compartilhados depoimentos e pesquisas feitas sobre adoecimento docente pelas seções sindicais do ANDES-SN no período da pandemia da covid-19.
A sobrecarga de trabalho, o aumento do trabalho nos finais de semana, a ampliação do produtivismo acadêmico, assédios, o luto e a ausência de setores responsáveis nas universidades para a formulação de uma política de atenção à saúde do(a) trabalhador(as) foram apontados como pontos que impactam a saúde docente.
Durante a reunião do Grupo de Trabalho de Seguridade Social e Assuntos de Aposentadoria (GTSSA), que encerrou a programação do seminário, foi comunicado que, ainda no primeiro semestre deste ano, será lançada uma enquete para mapear o adoecimento de docentes nas instituições públicas de ensino.
Entre as sugestões dos(as) participantes está a criação de grupos de trabalho em cada seção sindical que tratem de seguridade social e assuntos de aposentadoria.
ADUA: Como foi dialogar com seus pares sobre um tema comum à categoria?
Sheila: Poder discutir essa temática com professores de instituições diversas do país foi muito importante, principalmente por poder verificar que não são condições isoladas, que, infelizmente, a situação de adoecimento é prevalente nas instituições de ensino pública, mostrando a necessidade de se fazer algo pela categoria. Acredito que seria interessante se pudéssemos discutir com nossos pares locais essa condição do processo de adoecimento relacionado à nossa carga de trabalho, ambientes, gestores e alunos.
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