Docentes da Sindiuva - Seção sindical do ANDES –SN participaram, na noite desta segunda-feira (7/2), de uma manifestação promovida por estudantes da Universidade Estadual Vale do Acaraú, no Ceará, para denunciar a situação precária da maioria dos cursos ocasionada pela carência de professores.
A comunidade acadêmica reivindica que o concurso anunciado pelo governo para professor substituto (com 117 vagas) seja transformado em concurso para professor efetivo; que os professores que passaram no último concurso (21 vagas de mortos e exonerados) sejam convocados e para que o semestre possa continuar sem prejuízo aos estudantes.
”Nós apoiamos a manifestação dos estudantes. Sempre realizamos atos, manifestações e seminários tendo como pauta concurso público para professor efetivo, precarização do trabalho docente e a construção imediata dos restaurantes e residências universitários, sem contar a democracia e autonomia na IES. A receptividade dos estudantes sempre foi muito grande quando éramos nós quem puxávamos estes encontros. Vê-los tomando a frente e realizando um ato potente como foi o de ontem, que envolveu centenas de estudantes, demonstrou vontade política, de luta, de denúncia. Foi como um elixir para nós”, comemora Maria Antônia Adrião, presidente da Sindiuva - Seção sindical do ANDES –SN.
“Não podemos defender a contratação de professores substitutos que aviltam a lei 14 que reza sobre a contratação pública de professores substitutos; menos podemos concordar com a contratação de professores com salários que aviltam nosso PCCV (Plano de Cargos e Carreiras e Vencimentos), visto que os substitutos atualmente ganham em média menos da metade dos efetivos. E quando falamos dos professores colaboradores a situação ainda é mais precária, visto que estes estão submetidos a uma contratação ainda mais ultrajante, pagos por disciplina e por hora aula. Finda o semestre, finda o ‘contrato’ - realizado pelo profissional e o IADE, Instituto privado ligado a IES. Portanto, sequer os professores têm um contrato público ligado ao Estado, a exemplo dos substitutos”, afirmou a Seção sindical, em nota.
Em 2010, a Sindiuva - Seção sindical do ANDES –SN denunciou ao MPE (Ministério Público Estadual) e ao MPT (Ministério Público do Trabalho) a situação ilegal e antiética a que estão sendo submetidos os profissionais contratados como substitutos e colaboradores.
Fonte: ANDES-SN |