Foto: Apib/ Divulgação
Com tema “O futuro indígena é hoje. Sem demarcação não há democracia!”, centenas de indígenas realizam uma grande ocupação política na Praça da Cidadania em Brasília (DF), do dia 24 a 28 de abril, na 19ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL), para reforçar a defesa da vida dos povos indígenas do país.
A programação do ATL 2023 conta com mais de 30 atividades divididas em diferentes eixos temáticos, como questões climáticas, direitos das mulheres indígenas, indígenas LGBTQIAP+, povos indígenas em isolamento voluntário, presença na política e demarcação de Terras Indígenas (TI).
Também serão feitos lançamento de livros e marchas para pedir a derrubada dos projetos de leis anti-indígenas, como o PL 191 (da mineração em TI) e o PL da grilagem, sobre o enfrentamento às violações ocasionadas pelas mudanças climáticas, e em defesa da democracia.
O censo demográfico de 2022 registrou 1.652.876 pessoas indígenas em todo o país, conforme anunciado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em abril deste ano.
A expectativa é reunir mais de seis mil indígenas no acampamento que também marcará atividade contra o Marco Temporal, que deve voltar a ser julgado no dia 7 de junho, conforme anunciado pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, no último 19 de abril, Dia de Luta e Resistência dos Povos Indígenas.
O ANDES-SN apoia a maior mobilização indígena do país e irá acompanhar algumas das atividades durante a semana, como a plenária sobre Educação Escolar Indígena e as marchas em defesa dos direitos dos povos indígenas e contra o Marco Temporal. Confira a programação no link: https://apiboficial.org/atl2023/
Crédito: @richard_wera_mirim
Crédito: Apib/ divulgação
Crédito: David Terena / @cons.terena
Edição 2022
O primeiro ATL foi realizado em 2004 a partir de uma ocupação realizada por povos indígenas do sul do país, na frente do Ministério da Justiça, na Esplanada dos Ministérios. A mobilização ganhou adesão de lideranças e organizações indígenas de outras regiões do país.
Em 2022, o acampamento reuniu em Brasília mais de 8 mil indígenas, de 100 povos diferentes e de todas as regiões do Brasil, durante dez dias de programação. Um dos resultados da mobilização foi o fortalecimento de candidaturas indígenas para o Congresso Nacional, com eleição das deputadas federais Célia Xakriabá e Sonia Guajajara, além da articulação para retomada de entidades representativas dos povos indígenas.
Essa grande assembleia indígena é organizado pela Apib e construída em conjunto com suas sete organizações de base, sendo elas: Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme), Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul (Arpinsul), Articulação dos Povos Indígenas da Região Sudeste (Arpinsudeste), Comissão Guarani Yvyrupa, Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Conselho do Povo Terena e Assembléia Geral do Povo Kaiowá e Guarani (Aty Guasu).
Fontes: ADUA com informações de Apib e ANDES-SN
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