Os R$ 2,44 bilhões para a Educação Federal anunciados, no dia 19 de abril, pelo governo são insuficientes para recompor as perdas orçamentárias dos últimos seis anos, segundo o ANDES-SN. Para o Ministério da Educação (MEC), entre as prioridades estão as obras nas Instituições Federais de Ensino (IFE). O Sindicato Nacional ressaltou que a destinação prevista para o valor não atende às principais necessidades da comunidade acadêmica.
“Achamos importante e essencial a recomposição orçamentária, porque o investimento na educação foi cada vez mais atacado nos últimos anos. Porém, R$ 2,44 bilhões está muito aquém da necessidade real das nossas instituições. Nas falas, ficou explícito que essa verba será utilizada prioritariamente para a conclusão de obras inacabadas. Enquanto isso, nós temos demandas emergenciais nas instituições”, ressalta a diretora do ANDES-SN e 1ª vice-presidente da Regional Pantanal, Raquel Brito de Sousa, que acompanhou o evento em que foi feito o anúncio governamental.
De acordo com a docente, o MEC não convidou os sindicatos de educação para debater, de fato, o orçamento das instituições, as necessidades da comunidade acadêmica e as condições de trabalho e ensino. A diretoria frisou que o ministério também não atendeu às reivindicações de revogação das medidas do governo de Jair Bolsonaro, que ferem a autonomia das IFE, como a destituição de reitores(as) interventores(as).
“Precisamos pressionar o governo para que a gente reverta todas essas medidas que tenhamos de fato a recomposição o orçamento das universidades, para atender as nossas reais necessidades, para além de infraestrutura, como, por exemplo, retomar e ampliar o investimento em ensino, pesquisa e extensão, e assistência estudantil. Só com a nossa capacidade de mobilização conseguiremos pressionar para o atendimento de reivindicações tão caras à luta em defesa da Educação Pública”, disse.
Fonte: com informações do ANDES-SN editado pela ADUA
|