Data: 18/05/2015
Os servidores públicos federais no Amazonas vão paralisar suas atividades, no próximo dia 29 de maio, e apoiar as centrais sindicais, na mobilização nacional, rumo ao movimento de greve geral, previsto para o mês de junho. A decisão foi aprovada, por unanimidade, durante o 3º Encontro Estadual dos Servidores Públicos Federais do Amazonas encerrada, neste domingo, em Presidente Figueiredo (a 107 quilômetros de Manaus).
Organizado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Amazonas (Sindsep/AM), o encontro reuniu mais de 160 servidores públicos, representantes de 40 municípios do Estado, na condição de delegados.
O Congresso aconteceu em um momento de crise e ataques aos trabalhadores, de acordo com o secretário-geral do Sindsep-AM, Menandro Sodré. Segundo ele, o governo privilegia o pagamento das dívidas e bloqueia a valorização salarial dos servidores, com investimento de bilhões para salvar bancos e demitir trabalhadores.
“Nós nos unimos ao Condsef e à CUT para barrar a política de ajuste fiscal do governo, dizendo não ao plano Levy, cuja meta é poupar R$ 66,3 bilhões para o pagamento da dívida pública, retirando dos trabalhadores para pagar os banqueiros. Só o Sistema Único de Saúde (SUS) terá um corte de 30%”, explicou Sodré.
Veto
Os servidores federais querem o veto da presidente Dilma Roussef às Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665 e que prevêem alteração no seguro-desemprego, auxílio-doença e pensão por morte. Querem, também, o veto da presidente ao Projeto de Lei (PL) 4330 da chamada Lei da Terceirização, que permite a contratação de empresas terceirizadas para atividades-fim.
Plano de luta
Os servidores federais também aprovaram durante o 3º Congresso do Sindsep-AM o plano de luta da categoria para o triênio 2015/2017 que inclui, entre outros, a defesa da paridade ativa/aposentado, o resgate da data-base para todo 1º de maio, concurso público, descontingenciamento do orçamento dos órgãos públicos para que eles possam funcionar e extensão dos benefícios da Lei 12.277/10 para todos.
A Lei concedeu em 2010 aumento salarial em torno de 78% para apenas cinco cargos de nível superior, deixando os demais servidores de fora. Lutar pelos efeitos financeiros da 12.277 é uma das primeiras batalhas dos servidores nos próximos três anos. De acordo com a direção da categoria se essa tabela não for resolvida do ponto de vista administrativo ela se tornará uma demanda judicial do sindicato contra o governo.
Fonte: Portal Em Tempo e A Crítica |