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Dia Nacional de Paralisação é marcado por mobilização em unidades da Ufam fora da sede



Data: 15.05.2015

O Dia Nacional de Paralisação das Instituições Federais de Ensino (Ifes) e dos Servidores Públicos Federais (SPF), promovido pelas universidades públicas em todo o país nesta quinta-feira (14), foi marcado por mobilização em unidades acadêmicas da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) fora da sede.

No Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente (IEAA), em Humaitá, houve paralisação de 100% das atividades durante todo o dia. Mais de cem professores, técnico-administrativos e estudantes participaram de debates sobre vários itens da pauta defendida pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) e pela ADUA.

A programação contou com a realização palestras sobre “A política de cortes do Governo Federal”, “Ataque aos direitos dos trabalhadores”, “Debate sobre o projeto ‘A pátria educadora’” e “Organização do movimento estudantil”. De acordo com o professor Douglas de Paula, a agenda contou com participação ativa da comunidade acadêmica, “demonstrando envolvimento das três categorias com a causa”.

Durante o Dia Nacional de Paralisação, foi definida uma agenda de mobilização para os dias que antecedem a data do indicativo de greve definido pela categoria em Humaitá. “Tal mobilização tem o intuito de pressionar o governo a rever sua política de cortes e ataque aos direitos trabalhistas, bem como a revisão do seu projeto de governo que tem promovido o enfraquecimento da autonomia universitária e a garantia de uma universidade pública de qualidade”, acrescenta o docente.

Na avaliação do 2º vice-presidente da ADUA e docente do IEAA, Aldair Andrade, o Comando Local de Mobilização atingiu a meta planejada para esse dia. “Acredito que alcançamos o objetivo de tornar público o que está acontecendo no cenário nacional. As exposições dos palestrantes foram bastante instrutivas, pois abordaram de forma sintética e eficiente questões fundamentais para o entendimento do movimento de reivindicação nacional”, afirmou. Para ele, o momento de reflexão pode dar novo gás à organização estudantil na unidade acadêmica.

Benjamin Constant

No Instituto de Natureza e Cultura (INC), em Benjamin Constant, o ato público pelo Dia Nacional de Paralisação também contou com a participação de docentes e estudantes de vários cursos da unidade acadêmica e até de Manaus. No local, houve a suspensão de 90% das aulas pela manhã, enquanto 80% dos técnicos cruzaram os braços. No turno vespertino, 80% dos professores mantiveram as aulas até o horário de início da Assembleia Geral da categoria, que aprovou indicativo de greve.

Ao final do ato público, os participantes aprovaram plantar bananeiras nas ruas do município, em protesto contra a difícil situação de acessibilidade ao INC. Alguns participantes da mobilização foram até a 2ª Jornada de Educação Municipal, que ocorreu na escola municipal Graziela. Na avaliação do professor Josenildo Santos, que integra a Comando de Mobilização, o evento “foi um sucesso”.

Outras unidades

Já no Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (ICSEZ), em Parintins, a categoria, que já aprovou indicativo de greve sem data, promoveu um sarau para marcar a mobilização nacional. A iniciativa teve como objetivo chamar atenção da população do município para a necessidade de luta em defesa do direito dos trabalhadores.

Na capital, integrantes dos três segmentos da comunidade acadêmica da Ufam realizaram um ato público, pela manhã, no Bosque da Resistência, na entrada do Campus Universitário, com presença expressiva da imprensa manauara. A mobilização visava alertar a comunidade acadêmica e a sociedade em geral sobre os prejuízos decorrentes do corte de recursos destinados à Educação e que afeta diretamente as atividades de ensino, pesquisa e extensão nas universidades brasileiras.

“Hoje é um dia de advertência ao governo federal, para que abra efetivo canal de negociação com os servidores públicos federais e dê respostas à pauta unificada da categoria, que inclui, entre outras coisas, mais verbas para o funcionalismo público, estruturação da carreira dos trabalhadores e melhores condições de trabalho”, disse o 1º secretário do ANDES-SN, Jacob Paiva.

Fonte: ADUA



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