Data: 12/05/2015
Milhares de professores do ensino básico da rede pública estão em greve pelo país. Em alguns estados, como São Paulo, a greve já dura quase dois meses. A mobilização ocorre também nas redes estaduais de ensino de Pernambuco, Pará, Santa Catarina, Paraná, Paraíba, Goiás. E nas municipais de Macapá, Bauru, Betim, Maceió, Angra dos Reis, entre outros. Em comum, os professores reivindicam melhores salários e condições de ensino e o fim da precarização dos docentes.
Em São Paulo, a greve dos professores completa nesta quarta-feira (13) dois meses. A categoria reivindica reajuste salarial de 75,33%, jornada de trabalho semanal de 20 horas e limite máximo de 25 alunos por sala. O governo paulista segue intransigente na negociação, e o último encontro, uma audiência de conciliação no Tribunal de Justiça de São Paulo, entre os professores e a Secretaria de Estado da Educação terminou sem acordo. Os professores paulistas realizarão uma nova assembleia, na sexta-feira (15), no vão do Museu de Artes de São Paulo (Masp) para avaliar a greve.
No Paraná, após o ataque violento sofrido no dia 29 de abril, os professores decidiram por manter a greve iniciada no dia 25 de abril. A categoria - que representa 70% do funcionalismo público do estado - optou pela continuidade do movimento, em especial contra o projeto de lei que alterou o regime previdenciário dos servidores públicos estaduais.
Em Pernambuco, pressionados pela judicialização do movimento com pesadas multas impostas pela Justiça, os educadores suspenderam temporariamente a paralisação após 24 dias. A pausa deverá servir para retomar as negociações. Uma nova assembleia para decidir os rumos do movimento está agendada para o próximo 21 de maio.
Em Goiás, os professores estão em greve desde o dia 14 de abril e foram duramente reprimidos pela força policial do estado durante ato no início de maio. A categoria exige o reajuste da data-base de 2015 em 7,93%, a manutenção do quinquênio em 10% para todos os servidores municipais e o pagamento de reajuste do piso nacional de 13,01%. Eles reivindicam também melhorias nas estruturas físicas e segurança dos prédios, construção de novas unidades, além do pagamento retroativo da data-base de 2014 aos servidores administrativos e do piso dos professores.
Em Santa Catarina, os professores, em greve desde 24 de março, rejeitaram a proposta do governo em que condiciona a retomada das negociações ao retorno dos professores às salas de aula. A principal reivindicação é o plano de carreira da categoria e o reajuste de 13,01% para toda a categoria. Os professores conseguiram a revogação da Medida Provisória 198, que modifica o regime de contratação de temporários.
*Com informações da Esquerda.net, Agência Brasil, Carta Capital e G1.
Imagem do Estadão Conteúdo.
Fonte: ANDES-SN |