Os docentes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) adiaram para a próxima quinta-feira, 14 de maio, Dia Nacional de Paralisação dos Docentes das Instituições Federais de Ensino (IFES), a decisão sobre o indicativo de greve. Nesse dia, a categoria realizará ato público às 07h, no Bosque da Resistência, na entrada do Campus Universitário. Às 10h, os professores voltam a se encontrar na sede da ADUA, em nova rodada de Assembleia Geral (AG), para deliberar especificamente sobre o assunto.
Em AG realizada nesta quarta-feira (6), a categoria avaliou que precisa ainda intensificar a mobilização junto aos professores, técnico-administrativos e estudantes, antes de adotar um posicionamento sobre o movimento paredista que está sendo construído pelo conjunto dos servidores públicos federais, em resposta aos ataques e medidas do governo que retiram direitos dos trabalhadores em geral.
Até a realização do ato público, a categoria deve realizar novas assembleias setoriais e atender aos pedidos de esclarecimentos feitos pelos demais trabalhadores das unidades acadêmicas da instituição. A manifestação agendada para o dia 14 de maio será protagonizada pela ADUA, pelo Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Estado do Amazonas (Sintesam), outras categorias do serviço público e entidades estudantis.
“Neste dia, sugerimos que os docentes e demais trabalhadores da educação e do serviço público em geral usem roupas pretas, como forma de chamar atenção para esses problemas pelos quais passa a categoria e ainda para protestar contra as medidas que precarizam o nosso trabalho”, disse o professor Jacob Paiva, 1º secretário do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) e integrante do Comando Local de Mobilização (CLM).
O resultado da próxima AG será encaminhado à Reunião do Setor dos Docentes das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), marcada para os dias 15 e 16 de maio, em Brasília, quando será avaliado o encaminhamento tomado pelas seções sindicais de todo o país. No encontro, a ADUA será representada pela professora Ana Lúcia Gomes, 1ª secretaria da seção sindical.
Na última reunião do Setor, realizada no fim de abril, a categoria aprovou indicativo de greve, com possibilidade de paralisação nacional dos docentes, a partir do dia 25 ou 29 de maio deste ano. Os docentes aprovaram ainda a ampliação da mobilização e do diálogo com a comunidade em todos os Campi; além da produção de um manifesto, em conjunto com a Fasubra, Sinasefe e estudantes da ANEL e da Oposição da União Nacional dos Estudantes (UNE) contra as Organizações Sociais (OS) e o PL 4330, que prevê a contratação de serviços terceirizados para qualquer atividade, sem estabelecer limites ao tipo de serviço que pode ser alvo de terceirização.
Repúdio e Solidariedade
Durante a AG, os professores aprovaram ainda uma moção de repúdio ao Governo do Paraná, em virtude da ação truculenta cometida contra os professores e demais trabalhadores da educação e de solidariedade aos docentes daquele e de outros Estados onde a educação tem sido veementemente atacada.
Os docentes aprovaram ainda, durante a AG, a participação do professor Welton Oda, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), como delegado representante da seção sindical no 2º Congresso da CSP-Conlutas, marcado para ocorrer entre os dias 4 e 7 de junho de 2015, em Sumaré (SP).
Fora da sede
Além da instalação da instância deliberativa da categoria na sede, nesta quarta-feira (6) houve ainda AG nas unidades acadêmicas da Ufam em Humaitá e em Parintins, onde houve deliberação sobre o indicativo de greve e ainda sobre o Dia Nacional de Paralisação dos Docentes das IFES.
No Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente (IEAA/Humaitá) os docentes aprovaram, por ampla maioria, indicativo de greve para o dia 25 deste mês. Já em Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (ICSEZ/Parintins), a categoria aprovou indicativo de greve sem data.
Fonte: ADUA |