 No primeiro dia do 7º Conad Extraordinário (2), os participantes se dedicaram a fazer uma atualização da análise de conjuntura, tendo em vista o recrudescimento dos ataques à classe trabalhadora, por parte do Capital e pelos governos federal, estaduais e municipais.
O 7° Conad Extraordinária foi convocado pelo 34º Congresso do ANDES-SN, realizado em Brasília (DF) em fevereiro, para discutir e definir as contribuições do Sindicato Nacional ao 2º Congresso da CSP-Conlutas, que acontece no início de junho.
“Foi extremamente importante fazermos essa discussão de duas horas de atualização de conjuntura. Não houve uma mudança da análise de conjuntura feita no 34º Congresso do ANDES-SN, mas fizemos uma atualização porque há uma intensificação dos ataques aos trabalhadores”, conta Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN.
Rizzo ressalta que o Congresso Nacional e as assembléias legislativas estão implementando a pauta do Capital, de retirada de direito dos trabalhadores, com uma repressão muito intensa, que fere o direito de luta e de manifestação, que ataca os sindicatos, dentre eles o ANDES-SN. “Isso tudo foi atualizado e nós vamos poder, nos grupos mistos, discutir as nossas contribuições ao congresso da CSP-Conlutas, à luz dessa atualização da conjuntura”, explica.
Durante a plenária, diversas falas apontaram a necessidade de unidade entre as Centrais Sindicais e os diversos movimentos sociais e a perspectiva de construção de uma greve geral, para barrar a retirada de direitos dos trabalhadores e a precarização das condições de trabalho.
 “A greve geral se impõe como uma necessidade na conjuntura atual, para uma ação unificada da classe, no enfrentamento aos ataques que estamos sofrendo. Nós não vamos conseguir barrar a retirada de direitos sem uma luta unificada de todos os trabalhadores. A perspectiva da greve geral está posta, e evidentemente precisa ser construída, ser articulada pelo conjunto das centrais sindicais e a CSP-Conlutas tem papel importante de ter a iniciativa de propor a construção dessa greve geral”, avalia Rizzo.
Segundo o presidente do Sindicato Nacional, a construção da greve geral será discutida na base do ANDES-SN dentro do processo de mobilização próprio da categoria, das suas lutas, das suas greves, e no caso dos professores federais, da construção com os servidores federais. “A greve geral para nós não é um fetiche e não é também um obstáculo às lutas específicas. Pelo contrário, possibilidade de uma greve geral está posta no encaminhamento das lutas específicas e das mobilizações que estamos construindo”, completa.
O 7° Conad Extraordinário acontece nos dias 2 e 3 de maio, com o tema “Contribuições do ANDES-SN para o 2º Congresso da CSP-Conlutas” e conta com a participação de 38 delegados, 64 observadores, representantes de 42 seções sindicais, e de 34 diretores nacionais.
Fonte: ANDES-SN |
