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Professores derrotam golpe sindical do governo e da reitoria da UFPA



Professores da Universidade Federal do Pará (UFPA) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA) derrotaram, na tarde desta terça (28), o golpe sindical articulado pelo Proifes, governo Dilma e reitoria da UFPA, que pretendiam fundar, em uma assembleia fraudulenta na sede da CNBB, em Belém, um sindicato chapa-branca, a fim de enfraquecer as mobilizações da categoria e atacar a autonomia do movimento docente.

A tentativa fraudulenta de fundação do sindicato chapa-branca – que permitia até voto por procuração – foi marcada por ataques à democracia e agressões verbais e físicas. Dezenas de docentes da UFPA e do IFPA – com contracheques e devidamente identificados – foram, inicialmente, impedidos de entrar no espaço da assembleia por um forte aparato de segurança privada, contratado pelos representantes do governo.

Em meio à tensão, o diretor da Escola de Aplicação, Walter Silva Júnior, agrediu verbalmente a professora Vera Jacob, e fisicamente, a diretora-geral da ADUFPA, Suelene Pavão, e a advogada da entidade, Ana Kelly Amorim. As agressões foram registradas na Delegacia da Mulher e devidamente filmadas e fotografadas, devendo o diretor da Escola de Aplicação responder, penalmente, pelos atos e pela violência de gênero. Na imagem ao lado, Walter Júnior é contido, após agredir a advogada Ana Kelly Amorim.

Depois de muita pressão, por volta das 15 horas – horário marcado pelo Edital – os docentes da UFPA e do IFPA conseguiram entrar no local da assembleia, onde menos de 20 docentes planejava o golpe, a portas fechadas, juntamente com o vice-reitor Horácio Schneider, e a coordenadora do campus de Ananindeua, Edilza Fontes. O pró-reitor de Extensão, Fernando Arthur Neves, não conseguiu entrar no local, mas permanecia articulando a assembleia do lado de fora, em uma forte demonstração de que a reitoria da UFPA estava por trás da tentativa de golpe.

Apesar da tensão inicial, a categoria instalou a assembleia, que foi presidida pela professora do ICED/UFPA, Vera Jacob, e secretariada pelas docentes Claudia Nunes, do campus de Bragança, e Rita Gil, do campus de Belém do IFPA. No local, mais de 60 professores rejeitaram a criação do novo sindicato e reafirmaram o ANDES-SN, a ADUFPA e o Sinasefe como os legítimos representantes da categoria.

Na tentativa de confundir os docentes, o Proifes chegou a divulgar uma nota em seu site, com apenas duas pessoas em uma mesa, tentando simular a criação da nova entidade. Porém, os vídeos e fotografias da assembleia comprovam a fraude e desqualificam o argumento dos governistas. “Nós somos frutos da luta contra a Ditadura e jamais aceitaríamos ter nosso direito à participação e organização sindical cerceado ou atacado pelo governo e pela reitoria. Foi uma vitória da democracia. Machistas, golpistas e pelegos não passarão”, afirmou a diretora da ADUFPA, Fátima Moreira.

Fotos: ADUFPA e Sinasefe

Fonte: ADUFPA



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