A greve dos docentes da Universidade Estadual do Pará (Uepa), que começou no final de março, tem conquistado avanços importantes em suas reivindicações. Os professores conquistaram, na última rodada de negociações, realizada na última sexta-feira (17), reajuste de 13,1%, realização de concursos públicos ainda em 2015 e que o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) debatido pela categoria seja avaliado na próxima reunião do Conselho Universitário.
Zaira Fonseca, integrante da direção provisória do Sindicato dos Docentes da Uepa (Sinduepa – Seção Sindical do ANDES-SN), afirma que a greve é forte e tem adesão de mais de 80% da categoria, tanto nos campi da capital quanto nos do interior. No entanto, a pauta relacionada a problemas orçamentários ainda não foi resolvida.
“A Uepa teve, de 2013 a 2015, um corte de 89% do seu orçamento para investimentos, o que impacta diretamente o funcionamento da universidade. Fomos de R$13 milhões a pouco mais de R$1 milhão”, afirma a docente. Como o orçamento estadual já foi encaminhado, a greve conquistou apenas o compromisso do governo de realizar uma suplementação orçamentária que garante mais R$3 milhões à Uepa, valor considerado insuficiente pelo movimento.
O movimento avaliará a greve na próxima terça (28), em assembleia. Antes, no mesmo dia, será realizado um ato que agregará docentes e estudantes de todos os campi da Uepa em frente ao Campus II, em Belém. Os professores do ensino básico estadual do Pará, também em greve, participarão da manifestação.
* Imagem de Sinduepa-SSind
Fonte: ANDES-SN |