A última sexta-feira (17), marcou 19 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás, quando 21 integrantes do Movimento Sem Terra (MST) foram assassinados após a polícia militar paraense tentar impedir uma marcha em protesto contra a demora da desapropriação de terras na rodovia PA-150. Outros 69 trabalhadores rurais foram mutilados com facões e foices. A chacina ocorreu no ano de 1996, no município de Eldorado dos Carajás, no sul do Pará, e ganhou repercussão nacional e internacional, ao lado do Massacre do Carandiru (1992) e da Chacina da Candelária (1993).
De acordo com Tito Moura, integrante da coordenação nacional do MST, muitos dos envolvidos no massacre ainda não foram punidos. “O coronel Mario Colares Pantoja e o major José Maria Pereira, que comandaram o massacre, foram presos depois de 16 anos, em maio de 2012. Os 155 policiais militares executores diretos do massacre foram absolvidos. O então governador do estado do Pará, Almir Gabriel [que morreu em fevereiro de 2013] e o secretário de Segurança Pública, Paulo Sette Câmara [que autorizou o uso da força policial], não foram indiciados”, afirmou.
Assentamento Norival Santana
No Pará, 300 famílias que ocupavam a fazenda Peruano há 11 anos foram assentadas. O Assentamento Norival Santana é uma área do estado do Pará e da União grilada por um único latifundiário próximo do local onde ocorreu o Massacre de Eldorado dos Carajás. “Parte das famílias que ocuparam o local são sobreviventes do Massacre de Eldorado dos Carajás.”, disse Moura.
*Com informações e foto do MST
Fonte: ANDES-SN |