A deflagração de greve não está descartada. O movimento paredista vai depender da articulação da categoria com outros servidores públicos em âmbito local e nacional.
Diante do quadro de precarização das condições de trabalho no serviço público e da necessidade de enfrentamento da política de retirada de direitos dos trabalhadores, os professores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) aprovaram, nesta quinta-feira (16), intensificar a mobilização na instituição. Para isso, a categoria aprovou a ampliação do Comando Local de Mobilização (CLM), com a perspectiva de agregar técnico-administrativos, estudantes e servidores de outras categorias.
A decisão foi tomada durante Assembleia Geral (AG), realizada na sede da Associação dos Docentes da Ufam (ADUA). O presidente da seção sindical, professor José Alcimar, reforçou que a possibilidade de deflagração da greve não está descartada. “Entretanto, isso vai depender da articulação da categoria com outros servidores públicos em âmbito local e nacional, e da força desse movimento”, destacou. O primeiro encontro do CLM está marcado para a próxima quinta-feira (23), às 16h, na sede da ADUA.
O resultado da AG será encaminhado à próxima reunião do Setor das Federais do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), agendada para os dias 25 e 26 de abril, em Brasília. No encontro, a categoria discutirá a possibilidade de deflagração da greve unificada, a partir do conjunto das deliberações tomadas pelas AGs das seções sindicais em todo o país. Nessa reunião, a ADUA será representada pela professora Ana Cristina Belarmino, 2ª tesoureira da seção sindical e docente da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA).
Rodada de AGs
A indicação da diretoria da Adua é que os docentes lotados nas unidades fora da sede da Ufam (Benjamin Constant, Coari, Itacoatiara, Humaitá e Parintins) também realizem assembleias e encaminhem a deliberação à sede da seção sindical até o dia 23 deste mês. “O que nós queremos aqui é iniciar um processo de mobilização e de discussão”, disse o presidente da ADUA, destacando que a seção sindical “não nasceu ajoelhada, nem no tapetão”, referindo-se aos sindicatos “pelegos, que têm servido aos governos”.
Além da ADUA, ocorrem AGs nesta quinta (16) nas Associações dos Docentes das Universidades Federais de Sergipe (ADUFS), Fluminense (Aduff), de Pelotas/RS (ADUFPel). Nesta sexta (17), é a vez da Associação dos Docentes da Universidade Federal Rural de Pernambuco (Aduferpe).
Uma das primeiras a realizar a rodada de AG nesta semana, a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Campina Grande (ADUFCG), aprovou, nesta terça (14), indicativo de greve sem data. Já a Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí (Adufpi) deliberou, nesta quarta (15), suspender as atividades na UFPI no dia 23 de abril, dia em que o governo federal agendou encontro com representantes do Fórum de Servidores de Entidades Federais.
Fonte: ADUA |