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  06/02/2023


41º Congresso do ANDES-SN inicia com canto indígena em Rio Branco (AC)



 

 

 

Teve início, na manhã desta segunda-feira (6), o 41º Congresso do ANDES-SN, na Universidade Federal do Acre (Ufac), em Rio Branco. No período da manhã, ocorreram o credenciamento dos e das participantes e a plenária de abertura, que contou com apresentação cultural do grupo Cantos e Encantos Yawanawa, composto por mulheres do povo Yawanawa, originárias da Terra Indígena do Rio Gregório. Com tema “Em Defesa da Educação Pública e Pela Garantia de Todos os Direitos da Classe Trabalhadora”, o encontro reúne mais de 640 docentes de 83 seções sindicais do Sindicato Nacional, entre elas a ADUA com uma delegação com 13 professoras e professores, e se estende até sexta-feira (10). 

 

Um dos principais assuntos a serem debatidos no Congresso é a permanência da filiação do Sindicato Nacional à CSP-Conlutas. Também estão previstos os debates dos temas I) Conjuntura e Movimento Docente; II) Planos de Lutas dos Setores; III) Plano Geral de Lutas; e IV) Questões Organizativas e Financeiras. Essa discussão foi encaminhada no 14º Conselho do ANDES-SN (Conad) Extraordinário, realizado nos dias 12 e 13 de novembro, em Brasília (DF).

 

A mesa de abertura foi composta pela presidente do ANDES-SN, Rivânia Moura; secretária-geral do ANDES-SN, Maria Regina de Ávila; 1º tesoureiro do ANDES-SN, Amauri Fragoso; 1º vice-presidente da Regional Norte I do ANDES-SN, José Sávio Maia; presidente da Adufac, Letícia Mamed; reitora da Ufac, Margarida Aquino; representante do Movimento pela Universidade Popular (MUP), Amanda Dornelles; líder seringueira e primeira mulher a presidir o Sindicato de Trabalhadores Rurais de Xapuri, Dercy Telles; coordenadora da Pastoral da Juventude da Diocese de Rio Branco, Luana Silva; representante do Movimento Indígena do Acre, Nedina Yawanawa; e os representantes do Fórum Sindical e Popular da Juventude, André Valuch, e da CSP-Conlutas, Paulo Barela.

 

Em seu discurso inicial a presidente do ANDES-SN enfatizou a necessidade de revogação de contrarreformas, como a Trabalhista, Previdenciária e do Ensino Médio, e medidas como a dos Teto de Gastos; a luta dos Servidores Públicos e das Servidoras Públicas Federais (SPFs) por reajuste salarial, categorias que estão há mais de seis anos sem recomposição salarial; e pela autonomia universitária, que considera a nomeação de reitores eleitos e reitoras eleitas, e a saída dos interventores do comando de institutos e universidades.    

 

Em diversas falas foram lembrados o ato golpista aos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, em Brasília (DF), e a situação calamitosa dos indígenas Yanomami, em Roraima, que estão morrendo por doenças tratáveis em razão da necropolitica de Jair Bolsonaro, participante ativo do genocídio dos povos indígenas brasileiros. Também foi lembrada e celebrada a memória do acreano Chico Mendes, defensor da Amazônia e da preservação do meio ambiente, assassinado por sua luta.

 

 

Num dos momentos da mesa de abertura ocorreu ainda uma homenagem à estudante de Jornalismo, Janaína da Silva Bezerra, estuprada e assassinada dentro da Universidade Federal do Piauí (UFPI), no último dia 28. Em um ato simbólico, as mulheres presentes levantaram as mãos pintadas com um x vermelho em protesto a todas as formas de machismo, misoginia e violência  contra as mulheres dentro e fora do ambiente das universidades. A foto da estudante também foi estampada no telão enquanto todos e todas entoaram palavras de ordem. 

 

No período da tarde foram registrados protestos. Após o início da Mesa, o professor da Apes/JF, Dileno Dustan, pediu a palavra para criticar a cartilha do ANDES-SN contra o assédio e afirmou que o Sindicato Nacional deveria repensar a oferta do material que, segundo ele, chamava os docentes de assediadores. Em protesto à fala do docente, várias e vários participantes do encontro ficaram de costas para o professor, enquanto ele discursava.

 

Durante o Congresso foi lançado ainda o número 71 da Revista Universidade e Sociedade (US), que conta com a reportagem fotográfica "Derrotar Bolsonaro nas ruas e e nas lutas", construída a partir de uma série de fotografias de seções sindicais do ANDES-SN, inclusive da ADUA. Composto por outras matérias, o material tem como manchete "As contrarreformas no Brasil: a educação pública na resistência aos ataques neoliberais". Veja a revista completa aqui.

 

 

A delegação da ADUA é composta por 13 docentes, sendo delegadas as professoras Maria Eliane Vasconcelos (ICSEZ) e Jocélia Barbosa (Faced), e delegados, os professores Jacob Paiva (Faced), Marcelo Dayron (IEAA), José Alcimar de Oliveira (IFCHS), Tomzé Costa (FIC), Lino João Neves (IFCHS) e Jorge Barros (FES). Também compõem o grupo como observadoras as docentes Marinez França (ICSEZ), Gisele Costa (Faced) e Guilhermina de Melo (FIC) e, observadores, os professores Antonio Neto (IFCHS) e Raimundo Nonato (IFCHS).

 

Após a Mesa de Abertura, foi realizada a Mesa de Instalação ainda na manhã de segunda. No período da tarde, foi realizada a Plenária do Tema I "Conjuntura e Movimento Docente". Durante o congresso foi indicada a todos e a todas a realização da audiodescrição (recurso inclusivo que traduz imagens em palavras para pessoas com cegas ou com baixa visão) antes da fala dos e das participantes.

 

 

Fotos: Daisy Melo/Ascom ADUA

 

 

Fonte: ADUA



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