Neste 28 de janeiro, Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, a ADUA reafirma o compromisso em defesa da vida da classe trabalhadora brasileira. De janeiro a dezembro de 2022, pelo menos 2.575 pessoas foram resgatas de condições análogas à escravidão no Brasil, sendo 35 crianças e adolescentes. Os dados são da Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados na terça-feira (24). É necessário combater as condições degradantes de trabalho, a jornada exaustiva, o trabalho forçado e a servidão por dívida.
A escolha desta data como Dia “D” de combate ao trabalho escravo, foi instituída para recordar a atuação de três auditores fiscais do trabalho: Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e do motorista Aílton Pereira de Oliveira, assassinados em janeiro de 2004, durante a fiscalização de propriedades rurais da região de Unaí (MG).
O perfil dos(as) resgatados(as) em 2022 é definido como: 92% homens, sendo que 29% deles tinham entre 30 e 39 anos, e 83% se autodeclararam negros ou pardos. A maioria foi resgatada em atividades de apoio à agricultura; e produção de carvão vegetal, alho, café, maçã, soja e cana-de-açúcar; extração e britamento de pedras; criação de bovinos; extração de madeira e na construção civil.
As denúncias de trabalho análogos à escravidão e trabalho infantil podem ser feitas pelo Sistema Ipê, lançado em 2020 pela Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Fontes: ADUA com informações de G1, BTMais, SIT e OIT
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