Representantes de diversas entidades sindicais estiveram presentes no encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na manhã da quarta-feira (18), no Palácio do Planalto. O ANDES-SN foi representado pelas 2ª vice-presidente do sindicato, professora Zuleide Queiroz e 2ª secretária, professora Francieli Rebelatto e pelo encarregado de Assuntos Jurídicos, Gustavo Seferian. A CSP-Conlutas foi representada pelo Integrante da Secretaria Executiva, Luiz Carlos Prates, o "Mancha". Cerca de 500 pessoas participaram da reunião.
Temas como financiamento sindical, igualdade de gênero e raça nos ambientes de trabalho e equiparação salarial estiveram presentes nas falas dos e das representantes das centrais sindicais, que também discursaram sobre melhores condições de trabalho, valorização do salário mínimo, liberdade sindical e valorização da negociação coletiva.
"Mancha" denunciou perseguições contra a classe trabalhadora e defendeu a revogação das contrarreformas trabalhista e da previdência, o cancelamento das privatizações, o fim do Teto de Gastos, o não pagamento da dívida pública e a valorização do salário mínimo. Ele repudiou as tentativas golpistas em Brasília no dia 8 de janeiro e cobrou a investigação e prisão de Jair Bolsonaro, além de punição exemplar e confisco dos bens dos financiadores de atos antidemocráticos. “Não tem nenhum sentido qualquer anistia a esses golpistas”, afirmou.
Na reunião, o presidente Lula assinou despacho que determina aos Ministérios do Trabalho e Emprego, da Fazenda, do Planejamento e Orçamento, da Previdência Social, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e às Secretária-Geral e Casa Civil da Presidência da República a elaboração da proposta com o objetivo de instituir a política de valorização do salário mínimo e seus instrumentos de gestão e monitoramento. A proposta deverá ser entregue no prazo de 45 dias, prorrogável uma vez por igual período.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e o presidente da República discursaram manifestando a necessidade de composição de Grupos de Trabalho (GTs) e comissões para lidar com temas urgentes das centrais sindicais.
Lula ressaltou a importância da construção de uma nova relação entre Capital e Trabalho, reforçando o discurso da necessidade de reconstrução de um país que foi destruído pelos governos Temer e Bolsonaro.
O presidente disse ainda que irá cumprir todas as promessas de campanha, entre elas a correção da tabela do Imposto de Renda com isenção para quem ganha até 5 mil reais e a valorização do salário mínimo.
No encerramento, Lula frisou que entidades sindicais e da classe trabalhadora devem se manter mobilizadas e pressionando o governo. “Democracia precisa de sindicato forte e bem organizado pra representar os interesses dos trabalhadores”.
Na ocasião, Luiz Marinho anunciou a criação de três GTs: um com participação das centrais sindicais sobre política para a valorização do salário mínimo; outro para construir o processo de regulação e regulamentação das relações de trabalho para trabalhadores e trabalhadoras por plataformas digitais e aplicativos; e um ligado ao financiamento sindical, valorização e fortalecimento das entidades representativas da classe trabalhadora.
Em avaliação sobre a reunião, Zuleide Queiroz destacou a importância da reunião para mostrar a amplitude da organização do movimento sindical e seu fortalecimento. "A reunião foi muito importante, porque veio tratar de temas e da situação vivida pela classe trabalhadora. Um dos principais elementos das falas, principalmente dos dirigentes das centrais sindicais, foi sobre a condição de vida da classe trabalhadora, os salários baixos, a perseguição política, o revogaço daa reformaa Trabalhista e da Previdência. Também muito importante as falas que destacaram o lugar da mulher e da população negra no espaço de trabalho e a situação vivida pelos trabalhadores terceirizados e por aplicativos”, comentou.
O encontro pode ser assistido aqui.
Foto: ANDES-SN
Fontes: com informações do ANDES-SN, CSP-Conlutas e Agência Brasil
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