Após marcharem do Parque do Povo até o Palácio dos Bandeirantes, cerca de 5 mil militantes da União dos Movimentos de Moradia (UMM) acamparam em frente à sede do governo do estado de São Paulo para pedir avanços na política habitacional e soluções à crise hídrica. O protesto iniciou às 10h da última quarta-feira (4). O acampamento foi mantido em frente ao Palácio até que representantes do movimento fossem recebidos pelo governo e que suas reivindicações fossem negociadas.
Na pauta apresentada ao secretário da Casa Civil, já que o governador Geraldo Alckmin não recebeu os manifestantes, estavam propostas como a implementação integral do Sistema Estadual de Habitação e a retomada do Programa de Mutirão, para a produção de novas unidades habitacionais em regime de autogestão.
Segundo Vera Lucia Lima, coordenadora da UMM e moradora de Diadema, o movimento já vem há anos lutando para que o governo estadual implemente os programas de habitação. Ela lista uma série de ações da Gestão Alckmin que estão paradas, como nos casos dos mutirões, da construção de novas habitações e da falta de regularização dos imóveis.
Além disso, Vera Lúcia cita problemas e conflitos em reintegrações de posse, dificuldades em contratos devido a juros altos para os financiamentos e a ausência de recursos públicos estaduais para que as pessoas possam adquirir moradias e sair do aluguel.
Outra pauta dos manifestantes é a da crise hídrica. Para a UMM, “a falta de informação e de um plano democraticamente discutido com a sociedade só aumenta a apreensão e o sofrimento das famílias”, principalmente aquelas de bairros pobres e periféricos, mais afetadas do que as demais.
Segundo o governo, as propostas serão encaminhadas via Casa Civil. A UMM deu o prazo de um mês para que o governador Geraldo Alckmin se reúna com os movimentos de moradia para dar vazão às reivindicações, caso contrário, os protestos serão reiniciados.
Fonte: Brasil de Fato |