A ADUA encaminhou um ofício, nesta segunda-feira (2 de janeiro), solicitando audiência com o reitor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Sylvio Mário Puga, após o retorno de suas férias. A Chefia de Gabinete da Reitoria havia sugerido reunião entre o sindicato e as Pró-Reitorias de Ensino e Graduação (Proeg) e de Planejamento de Desenvolvimento Institucional (Proplan) devido à ausência do reitor.
Em Ofício n° 062/2022 da Seção Sindical, protocolado no dia 14 de dezembro, a ADUA solicitou a audiência com a reitoria, em caráter de urgência, para debater os impactos dos cortes e contingenciamentos de recursos da instituição, nas atividades de 2022 e 2023, e o novo calendário acadêmico aprovado no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe).
“Declinamos da proposta de encontro com os pró-reitores porque queremos realizar uma visita formal como nova diretoria eleita da ADUA, além de discutir esses pontos urgentes e levar também os encaminhamentos definidos na Assembleia Geral da ADUA que irá acontecer no dia 11 de janeiro”, esclareceu 1º tesoureiro da Seção Sindical, professor Tomzé Costa.
Orçamento da Ufam
Na resposta à ADUA, a Chefia de Gabinete da Reitoria adiantou algumas informações sobre a situação financeira da Universidade, encaminhando um despacho da Proplan. No documento, a Pró-Reitoria informa que foi realizado, em 19 de dezembro, o desbloqueio do orçamento imposto pelo Governo Bolsonaro no dia 1º do mesmo mês, no valor de R$ 6,2 milhões. “Esse contingenciamento impedia a Ufam de arcar com o pagamento de contas de água, luz, telefonia e contratos de serviços de trabalhadores terceirizados, além de bolsas de ensino, pesquisa e extensão para os estudantes e diárias para atividades acadêmicas”.
Tais recursos foram suficientes para pagar somente as contas da Universidade do mês de novembro de 2022. Ou seja, até a data da resposta da Universidade à ADUA (27 de dezembro de 2022), a Ufam continuava sem recursos para quitar as despesas de dezembro, que ainda dependiam da liberação de mais recursos do Ministério da Educação (MEC). Os R$ 7,5 milhões (equivalentes a 7,2% do orçamento) cortados no orçamento da Universidade, em junho de 2022, nunca foram devolvidos, segundo a pró-reitora, Maria da Glória Vitório Guimarães.
As expectativas para 2023 também não são as melhores. A Proplan e a Pró-Reitoria de Administração e Finanças (Proadm) estimam um desafio ainda maior, uma vez que o orçamento da Ufam previsto é 20% inferior ao do ano passado, que foi de R$ 776.871.457,00. Em contrapartida, a Universidade precisa considerar questões como o aumento dos custos, repactuação dos contratos vigentes e a necessidade de novas contratações na área de vigilância.
Fonte: ADUA com informações da Ufam
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