O ANDES-SN divulgou na terça-feira (22) a Carta de Brasília, documento que sintetiza as atividades do 14º Conselho do ANDES-SN (Conad) Extraordinário, realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na capital federal. Em síntese é enfatizada que a reorganização da classe está na ordem do dia, informando ainda a deliberação da categoria docente pelo encaminhamento ao 41º Congresso da desfiliação do ANDES-SN à CSP-Conlutas e pela realização de Seminário para debater a organização da classe trabalhadora e a construção de um espaço aglutinador das lutas.
A avaliação é positiva quanto a derrota do governo fascista do governo Bolsonaro nas urnas, porém com a mensagem de que é necessário manter o enfretamento antirracista, antimachista, antilgbtfóbica e anticapacitista.
“Sabemos que a ação política em defesa da democracia, contra os retrocessos e pela revogação de todas as contrarreformas, não se encerra com as eleições. A conjuntura para o próximo período desafia-nos à tarefa de ampliar as lutas, colocar a resistência na rua e mobilizar nossa categoria em defesa da Educação Pública e de nossas pautas históricas. E delas não abriremos mão”, afirma trecho.
A carta destaca ainda a conjuntura em que se constrói o movimento docente como essencial na resistência, em especial no contexto de pleno avanço do capital, “marcado por uma tremenda ofensiva da classe dominante sobre a classe trabalhadora”, com destaque para o crescimento do desemprego, da violência contra os mais pobres, que assola diretamente as pessoas pretas, pobres e das periferias. Aponta ainda a crescente violência contra os povos indígenas e da população do campo, sem esquecer das mais 700 vítimas da pandemia da covid-19, cujas consequências foi ampliada pela política genocida conduzida pelo atual governo.
"O ataque à vida, ao direito de existir e resistir é profundo”, enfatiza o documento lido pela Secretária Geral do Sindicato Nacional, professora Regina Ávila.
Edição Extraordinária
O 14º CONAD Extraordinário do ANDES-SN teve como tema “CSP-CONLUTAS: balanço sobre atuação nos últimos dez anos, sua relevância na luta de classes e a permanência ou desfiliação da Central”, e reuniu 75 seções sindicais, com 69 delegados(as), 116 observadores(as) e 6 convidados(as), e 31 diretores(as) da Diretoria Nacional, na sede da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB).
A ADUA foi representada no Conselho pelo delegado e 2º vice-presidente da ADUA, professor José Alcimar de Oliveira; pela observadora e presidente da ADUA, professora Ana Lúcia Gomes; e pelo observador e professor do ICSEZ, Gladson Rosas.
Leia a Carta na íntegra aqui.
Fontes: ADUA com informações do ANDES-SN
Foto: Sue Anne Cursino| ASCOM ADUA
Leia também:
14º Conad Extraordinário do ANDES-SN indica desfiliação do Sindicato Nacional da CSP-Conlutas
|