Com objetivo de recompor parte do orçamento previsto no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) do próximo ano, oito emendas ao projeto foram aprovadas na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado, na quarta-feira (9), com valor total de R$ 9,67 bilhões. Das oito emendas, seis foram destinadas à educação. As retificações seguem para a Comissão Mista de Orçamento (CMO).
A CE recebeu 209 sugestões de emendas ao orçamento, sendo 184 de apropriação de recursos, 13 de remanejamento, 7 de texto e 5 de reestimativa da receita.
Na área da educação foram aprovadas emendas ao orçamento de R$ 3,5 bilhões para apoio ao desenvolvimento da Educação Básica; R$ 2 bilhões para infraestrutura da Educação Básica e R$ 1,5 bilhões para o Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf).
Quando as emendas de remanejamento, são mais R$ 300,7 milhões para apoio ao desenvolvimento da Educação Básica; R$ 40 milhões para reestruturação e modernização dos hospitais universitários federais; e R$ 50 milhões para apoio à consolidação e reestruturação das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.
PLOA
Tramitando no Congresso Nacional como PLN 32/2022, o PLOA de 2023 é uma proposta que estima as receitas e fixa as despesas para o próximo ano, com base em informações técnicas.
A soma das despesas constantes no PLOA 2023 enviado pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional é de R$ 5,17 trilhões. O documento foi divulgado pelo governo federal em agosto deste ano.
Cada comissão permanente do Senado, da Câmara dos Deputados e do Congresso pode apresentar até quatro emendas de apropriação e quatro de remanejamento ao PLN 32/2022.
Segundo o relator, senador Vital do Rêgo, as propostas indicadas são as que devem melhor contribuir com a melhoria nas condições de vida população brasileira no atual contexto e de necessidade de ajustes na proposta orçamentária.
Além de emendas para a Educação, a comissão sugere uma emenda de remanejamento, com repasse de R$ 30 milhões para a promoção de Cultura, e o destino de R$ 2,23 bilhões para apoio à implantação e modernização de infraestrutura para esporte educacional, recreativo e de lazer.
Senadores e senadoras que participaram da reunião da comissão defenderam a pressão para a execução das emendas aprovadas, devido a ressalva de que o presidente Jair Bolsonaro vetou, por dois anos, praticamente todas as emendas de comissão, de acordo com o presidente da CE e relator-geral do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI).
Recomposição necessária
A Educação têm sofrido sucessivos ataques do governo Bolsonaro, com retirada de recursos, precarização das condições de ensino, pesquisa e extensão para docentes, estudantes e Técnicos(as) Administrativos(as) em Educação (TAE’s).
O ANDES-SN, o qual a ADUA integra, tem se posicionado contrário a todos os cortes orçamentários e manobras do governo que mantêm uma linha política irresponsável de cortes orçamentários, que atingem as políticas sociais, especialmente a educação, com objetivo de destruição do sistema de ensino público brasileiro, desde o nível básico até a pós-graduação.
“Não aceitaremos mais os ataques vindos deste governo, inimigo da educação! E nos comprometemos na construção de uma agenda unitária de luta nas ruas. Junta(o)s com estudantes, servidora(e)s técnico-administrativo(a)s e movimentos em defesa da educação, continuaremos nossa luta por uma educação pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada!”, afirma nota da diretoria do ANDES-SN.
Foto: ANDES-SN
Fontes: ADUA com informações do ANDES-SN, Agência Senado e Orçamento Cidadão.
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