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Centrais voltam a refutar pacote e cobram plano de desenvolvimento



“Até agora, o governo só apresentou medidas que afetam os trabalhadores, cortam direitos e geram estagnação da economia. Não há uma única medida que aponte crescimento, desenvolvimento e garantia de empregos”. Esse foi o centro das críticas, convergentes, de presidentes das centrais sindicais aos ministros Manoel Dias (Trabalho), Eduardo Gabas (Previdência) e Miguel Rossetto (Secretaria-geral da Presidência) e Nelson Barbosa (Planejamento) no final da tarde desta terça (3), em São Paulo.

“O governo pode, ao mesmo tempo, manter direitos e cortar fraudes em benefícios. Mas esse não é papel das Centrais. O nosso é defender direitos e conquistas”, afirmou o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, avaliando que o sindicalismo ganha peso após o Dia Nacional de Lutas, em 28 de janeiro. A expectativa do dirigente é que a 9ª Marcha, em 26 de fevereiro, ganhe mais força.

Já o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, aposta numa mudança de perspectiva. “O movimento não foi ao encontro só bater no pacote. Cobramos do governo medidas de aquecimento da economia e garantia de empregos”. O forcista também aponta para o Congresso Nacional. Ele adianta: “Na terça, as Centrais terão reunião com Eduardo Cunha (PMDB), presidente da Câmara dos Deputados. Queremos barrar as Medidas Provisórias”.

Para o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, o segundo encontro com os ministros teve avanços. “As Centrais reafirmaram unidade de posicionamento, conseguiram colocar na mesa a questão da rotatividade da mão de obra e a necessidade de aumentar a formalidade no mercado de trabalho”.

Na avaliação do presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, o sindicalismo colocou na mesa do governo uma agenda positiva. “Além de denunciar o risco de estagnação das recentes medidas da área econômica, mostramos que o País precisa de uma agenda positiva, ao adotar medidas de fomento à produção e fortalecimento do mercado interno”. A negociação com o governo vai prosseguir, ele aponta, sem prejuízo das articulações no Congresso Nacional.

* Com edição da Adua

Fonte: Agência Sindical



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