Mais de 350 representantes de diversas categorias do funcionalismo público federal se reuniram neste final de semana em Brasília (DF) na Reunião Ampliada dos SPF para definir os eixos da campanha unificada para 2015 e a agenda de mobilizações e lutas. Na manhã deste sábado (31), a reunião teve início com análise de conjuntura por parte das três centrais sindicais que integram o Fórum das Entidades Nacionais dos SPF: CTB, CUT e CSP-Conlutas.
Na avaliação das centrais, o fortalecimento da unidade entre as categorias do funcionalismo é imperial para enfrentar os ataques aos direitos dos trabalhadores e o desmonte do serviço público. As medidas provisórias 664 e 665, editadas no final do ano pelo governo federal, foram duramente criticadas, bem como as diferentes formas de privatização do serviço público.
Tanto as falas das centrais sindicais quanto as intervenções dos demais participantes sinalizaram que os trabalhadores não aceitarão pagar a conta da crise.
Falando pela CSP-Conlutas, o presidente do ANDES-SN Paulo Rizzo, ressaltou a necessidade de unidade não só entre os SPF, mas também entre toda a classe trabalhadora, pois está em curso a tentativa de colocar trabalhadores do setor privado contra os do serviço público, na perspectiva de que para diminuir os ataques a uma parcela da categoria, será necessário ampliar a outra.
Paulo Rizzo ressaltou ainda que 2015 não será um ano fácil, mas é importante destacar que já no início do ano, os trabalhadores e a juventude estão nas ruas respondendo às tentativas de retirada de direitos. “Está havendo resposta da classe trabalhadora. O ano de 2015 começou com ataque, mas também com respostas, com esboços de luta, contra o reajuste da tarifa do transporte público, contra as demissões nas montadoras e também o Dia Nacional de Lutas organizado pelas centrais na última quarta-feira (28)”, ressaltou.
O representante do ANDES-SN e da Executiva da CSP-Conlutas ressaltou que o momento é favorável para a politização da sociedade. “Este é um período angustiante, pois temos que lutar na defesa de nossos direitos, mas é um período rico em que, nós, servidores federais, podemos dar uma grande contribuição para a politização dos trabalhadores”, avaliou.
Rizzo ressaltou que a CSP-Conlutas irá contribuir para armar os SPF para enfrentar esse processo. “Não vamos aceitar que os trabalhadores paguem o ônus da crise, e isso parece ser consenso nesta reunião”, reforçou.
Em sua intervenção pelo ANDES-SN, Giovanni Frizzo, da coordenação do Setor das Federais do Sindicato Nacional, ressaltou a defesa dos direitos e garantia de avanços se dará com mobilização e luta, como se deram todas as conquistas da classe trabalhadora.
“É preciso ter clareza que só com a unidade e com a força de nossa mobilização é que vamos defender nossos direitos e avançar nas nossas conquistas. Para isso, essa reunião é fundamental, pois vai definir os eixos da campanha salarial e a agenda de lutas e mobilização”, ressaltou Frizzo.
No período da tarde deste sábado, os mais de 350 participantes da reunião ampliada se reuniram em grupos de trabalho para aprofundar a discussão sobre as propostas de eixos para a campanha salarial unificada e a agenda de lutas.
O resultado dos trabalhos foi consolidado e apresentado no domingo (1), quando foi divulgado também o calendário nacional de mobilização.
O ANDES-SN participa da reunião ampliada com a presença de representantes de 29 seções sindicais e nove diretores nacionais.
Fonte: ANDES-SN |