Unifesp e UFF já se manifestaram sobre os problemas decorrentes dos cortes do governo
Como diversas outras Instituições Federais de Ensino (IFE) pelo país, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) também foi afetada pelo bloqueio de R$ 7 bilhões no orçamento do Ministério da Educação. No início deste mês, a presidente Dilma Rousseff assinou o Decreto Federal 8.389/2015, determinando que cada órgão do Executivo terá um contingenciamento imediato de 39% no orçamento previsto até que a Lei Orçamentária Anual (LOA) deste ano seja aprovada pelo Congresso Nacional.
Embora garanta que a instituição está se planejando para que os efeitos desse corte sejam minimizados, o pró-reitor adjunto de Planejamento, Joeder Campos Soares, diz que o bloqueio federal às verbas para a educação impactou, sim, no custeio da universidade. “Normalmente nessa época do ano, quando não existe a aprovação da Lei Orçamentária, o governo libera um doze avos (1/12) do orçamento previsto para o ano. Em função desse novo contingenciamento, houve a liberação, desta vez, de um dezoito avos (1/18). O governo não fez liberação para aquisição de equipamentos, aplicação nas obras, expansões na universidade. Estamos com orçamento contingenciado”, explica Soares, em entrevista à Sedufsm – Seção Sindical do ANDES-SN na UFSM.
O pró-reitor informa que a equipe da UFSM está se esforçando para conseguir garantir as bolsas estudantis e o custeio das atividades básicas – como energia, água e telefonia. “Conseguiremos aplicar os recursos apenas para a manutenção da instituição e para as bolsas de assistência estudantil. Mas não conseguiremos aplicar recursos nos investimentos da instituição, como obras e aquisição de equipamentos, até que haja a integralidade do orçamento”, afirma Soares, ressaltando ainda que os novos cursos da UFSM foram afetados pelo corte orçamentário.
Na semana passada, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) se manifestou, por meio de nota (confira aqui), sobre os cortes orçamentários feitos pelo governo federal e os problemas que isso vem ocasionando à universidade. No texto, a instituição observa que a situação financeira das IFE brasileiras é ainda mais difícil daquela vivida em 2014 e que, na Unifesp, o orçamento liberado fica aquém do porte da instituição. O corte também já gerou manifestação da Universidade Federal Fluminense (UFF). A Pró reitoria de assuntos estudantis suspendeu temporariamente o recebimento de solicitações para viagens nacionais.
*Com edição do ANDES-SN e imagem de Sedufsm SSind
Fonte: Sedufsm SSind |