As Centrais Sindicais se reunirão segunda (19) com os ministros Manoel Dias (Trabalho e Emprego), Carlos Gabas (Previdência Social), Nelson Barbosa (Planejamento) e Miguel Rossetto (Secretaria-geral da Presidência).
A pauta tem o objetivo de discutir as Medidas Provisórias que afetam o seguro-desemprego, abono salarial (PIS-Pasep) e benefícios concedidos pelo INSS. O encontro será em São Paulo, no escritório da Presidência da República.
As Centrais também pretendem estabelecer a base para um diálogo permanente com o governo e pavimentar o terreno rumo a potenciais avanços dos projetos de interesse da classe trabalhadora.
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, expõe sua posição: “Nós trabalhadores nunca deixamos de conversar. Estamos sempre abertos ao diálogo. Isso ficou demonstrado, mais uma vez, no recente encontro das Centrais, que mostrou a maturidade do sindicalismo e reafirmou nossa unidade e disposição de luta".
Na última terça (13), dirigentes das Centrais Sindicais se reuniram e decidiram, de forma unitária, começar o ano com duas grandes manifestações em defesa dos trabalhadores. No dia 28 de janeiro, será realizado o Dia Nacional de Lutas, com manifestações em todo o País. Em 26 de fevereiro, ocorrerá a 9ª Marcha da Classe Trabalhadora.
Segundo Miguel, os trabalhadores querem diálogo, mas não ficarão inertes. “Vamos utilizar nossa força, apostando na mobilização. Vamos pra rua a partir do dia 28, a fim de reverter essas medidas que lesam nossos direitos”, afirmou. O dirigente adiantou que as Centrais também farão pressão sobre o Congresso Nacional contra a aprovação das medidas do governo.
As seis Centrais (CUT, Força, UGT, CTB, Nova Central e CSB) emitiram nota oficial conjunta, reivindicando a revogação das Medidas Provisórias e apoio aos metalúrgicos da Volks e Mercedes e trabalhadores da Petrobras. Com o documento, o sindicalismo brasileiro reafirma sua unidade na luta, expressando o ambiente que dominou o primeiro evento unitário do ano.
Fonte: Agência Sindical |