Em Manaus (AM), o 28º Grito dos Excluídos e das Excluídas foi realizado na segunda-feira (5), data em que se comemora também o Dia da Amazônia. Com o mote principal “Vida em Primeiro Lugar”, a edição questiona em seu tema: “Brasil: 200 anos de (in)dependência. Para quem?” A manifestação teve participação de grupos religiosos e movimentos sociais de diversos segmentos que pautaram a luta por moradia, comida, emprego, educação, em defesa da Amazônia e dos direitos das crianças, mulheres, imigrantes e povos indígenas. Houve coro de Fora Bolsonaro.
A programação começou com concentração no Centro de Estadual de Convivência da Família “Magdalena Arce Daou", onde foi celebrada missa. Em seguida os e as participantes realizaram caminhada pela Avenida Brasil até o monumento da Ponte Jornalista Phelippe Daou, no bairro Compensa.
Tradicionalmente realizado em contraposição ao ideal do militarismo das atividades em alusão à “independência do Brasil” do 7 de setembro, esta edição do Grito dos Excluídos e das Excluídas busca refletir sobre a realidade da sociedade brasileira por trás da comemoração de independência do país e ao mesmo tempo convida para a construção de uma sociedade mais justa.
Neste ano, foram convocados atos em mais de 51 cidades de 25 estados, realizados do dia 3 a 10 de setembro.
“Vemos este ato como uma necessidade, pois nós da educação também fomos excluídos desse governo de morte. Esse governo que não tem um plano para a educação, não tem um plano para a Amazônia, não tem um plano econômico. Precisamos mostrar que não aceitamos mais isso que está acontecendo no nosso país. O Brasil é um país independente. Precisamos mostrar que a nossa independência é uma independência política, é uma independência de classe. Nós não aceitamos cabresto e vamos colocar para governar esse país pessoas que realmente mereçam. Pensem nisso quando vocês forem às urnas!”, enfatizou a presidente da ADUA, Ana Lúcia Gomes, durante sua fala no carro de som da manifestação.
Gritos dos Excluídos e das Excluídas
Realizado desde 1995, o Gritos dos Excluídos e das Excluídas é uma manifestação que tem participação de diversos segmentos, como movimentos sociais, populares, pastorais da igreja católica e sindicatos. As principais reivindicações são por direitos básicos, como comida, terra, moradia, educação, saúde, segurança e emprego.
A ADUA, em mais uma edição desse histórico movimento, soma forças em defesa da vida, da educação, da categoria docente e dos serviços públicos.
Foto: Sue Anne Cursino - ADUA/ASCOM
Fontes: ADUA com informações de G1 e Agência Brasil
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