Em defesa da democracia e de eleições livres, os movimentos estudantil e docente, juntamente com representantes de entidades políticas e sociais, realizaram, na tarde de quinta (11), uma passeata pelas ruas do centro de Manaus. A manifestação teve concentração na Praça da Saudade, onde o ato foi encerrado com atividades culturais. Manaus se juntou a diversas outras cidades brasileiras que realizam a mobilização nacional contra os ataques do presidente da república contra o sistema eleitoral brasileiro.
Além de diretores e diretoras da ADUA, participaram do ato outros docentes e estudantes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), do Instituto Federal do Amazonas (Ifam) e Instituto de Educação do Amazonas (IEA). Entre os manifestantes estavam também representantes de partidos políticos e entidades como União dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes (Ubes) e União Estadual dos Estudantes do Amazonas (UEEAM).
Neste dia histórico foram registrados atos em diversas partes do país e a leitura da “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do estado democrático de direito”, que acumula mais de 1 milhão de assinaturas de entidades, inclusive a ADUA e o ANDES-SN, e pessoas físicas de diversos segmentos como jornalistas, políticos(as), líderes religiosos(as), professores(as), artistas, empresários(as) e profissionais da saúde. A Carta pode pde ser lida e assinada no site www.estadodedireitosempre.com.
Em Manaus, a leitura do documento ocorreu tanto na manifestação da Praça da Saudade, no período da tarde, quanto no hall do Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais (IFCHS), da Ufam, pela manhã. Desta manifestação na instituição de ensino, participaram docentes, estudantes e Técnicos (as)-administrativos (as) em Educação (TAEs).
Convocada pelo Departamento de História e pelo Programa de Pós-Graduação em História, a leitura da Carta no IFCHS, na Ufam, foi comandada pelas professoras Katia Cilene do Couto e Keith Valéria de Oliveira. Diretores da ADUA participaram do ato. A presidente da Seção, Sindical, professora Ana Lúcia Gomes, leu ainda o Manifesto Público divulgado, na quarta-feira (10), pela ADUA.
Organizado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), o documento une a sociedade brasileira em torno do objetivo de impedir a escalada golpista de Jair Bolsonaro. O presidente da república tem atacado, repetidamente, o sistema eleitoral brasileiro, os ministros de cortes superiores, espalhando fake news contra as urnas eletrônicas e afirmando que não aceitará o resultado das Eleições deste ano.
Interior
Em Parintins (AM), com cartazes e faixas, docentes, estudantes e Técnicos (as)-Administrativos (as) em Educação (TAEs) do Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (ICSEZ), da UFAM, se uniram na tarde do 11 de agosto para somar força à mobilização nacional contra os ataques de Jair Bolsonaro à democracia e protestar contra os cortes no orçamento da educação, em especial das universidades. “Educação não é gasto, é investimento!” e “Balburdia é ter votado 17 e não ter se arrependido”, foram algumas das frases estampadas em cartazes no ato.
Crédito da foto de Parintins: Soraya Freitas
Em Tefé, a manifestação da categoria docente e estudantil foi pela manhã, no hall do Centro de Estudos Superiores (CEST) da UEA, com falas públicas e faixaço cobrando a volta do restaurante universitário.
(Crédito da foto de Tefé: Sind-UEA)
Carta de 1977
Em agosto de 1977, um grupo de advogados e juristas elaborou uma carta semelhante, que reforçava a defesa da democracia do país, que na época vivia uma Ditadura. O documento denunciava a ilegitimidade do governo militar e o estado de exceção, e conclamava o restabelecimento do Estado de Direito e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.
Fonte: ADUA
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