Em continuidade ao Projeto Memórias Militantes, a ADUA retomou, em julho deste ano, as atividades de manutenção e organização de seu acervo documental, de cunho administrativo e luta sindical. O projeto contempla a manutenção do acervo físico, catalogação de novos arquivos, revitalização de documentos e fotografias expostos na sede, e criação do arquivo digital de atas e boletins a partir de 1990. A iniciativa deve integrar novos dados à página Memória Militante, no site da ADUA, onde contém documentos, fotografias e informações do “passado vivo” da seção sindical.
A historiadora e coordenadora das atividades, Rafaela Basto, explica a importância desse tipo de olhar sobre a memória material histórica da ADUA.
“A organização do acervo documental auxilia o sindicato a reconhecer sua própria história, a identificar suas ações cotidianas e os significados atribuídos às suas lutas durante as décadas de existência. Além de permitir que essa trajetória possa ser reconhecida por outras pessoas: visitantes, estudantes, outros funcionários da UFAM e pesquisadores que tenham interesse em refletir os processos de organização da ADUA”.
O projeto tem previsão de execução de sete meses, finalizando, portanto, em janeiro de 2023. Além da manutenção do realizado na fase 1, e implantação da fase dois, o desafio atual é a digitalização do acervo físico e treinamento da diretoria e dos(as) funcionários(as) na manutenção, classificação e organização dos documentos produzidos.
A continuidade desse projeto é também uma forma de resistência, em especial contra o esquecimento e apagamento da história de luta em defesa da educação e da categoria docente.
“É importante considerar que todas as atividades que cercam o projeto Memórias Militantes se constituem no empenho das professoras e dos professores que, por décadas, dedicam-se a garantir o direito à educação universitária pública. Dessa forma, professoras e professores opõem-se ao esquecimento, aos projetos reacionários que desmontam a universidade e pretendem desmobilizar as lutas”, enfatiza Rafaela.
Fase 1
O Projeto Memórias Militantes teve sua primeira fase executada em 2018/2019, e objetivou organizar e analisar o acervo documental físico da ADUA de modo a compreender suas relações de processos como um “passado vivo”, como denomina a socióloga Maria Célia Paoli.
Os principais resultados foram organização do acervo documental existente no Arquivo da ADUA; elaboração de banner de apresentação de breve histórico da ADUA para o 38º Congresso ANDES-SN em janeiro de 2019; produção de exposição física permanente de fotografias referentes aos congressos, greves, assembleias e festividades da ADUA; organização da biblioteca; identificação de fotografias das décadas de 1970 a 1990; e inserção de documentação sobre diretorias, vídeos e fotografias no site da ADUA.
São 42 anos de militância da ADUA, com diversos materiais a serem sistematizados e contados, de modo a contribuir com a comunidade universitária e a sociedade em geral. Para acessar os resultados do Projeto Memórias Militantes, clique aqui.
Fotos: Sue Anne/ ASCOM ADUA
Fonte: ADUA
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