Os docentes da Universidade Regional do Cariri (Urca) decidiram na última quarta-feira (10) entrar em greve a partir desta segunda-feira (15), para reivindicar a contratação dos 26 professores aprovados em concurso desde 2010 e que ainda aguardam nomeação. O movimento grevista da universidade estadual cearense cobra ainda a abertura de concurso para as 122 vagas anteriormente acordadas com o governador; a publicação da aprovação de promoção e progressão e a implementação da gratificação de dedicação exclusiva.
Os professores da Urca, assim como os das demais universidades estaduais do Ceará, estão mobilizados para cobrar do governo estadual o cumprimento das promessas realizadas durante a última greve da educação superior estadual, em janeiro de 2014. À época, em resposta à forte greve, o governador Cid Gomes se comprometeu a atender as pautas dos docentes, técnico-administrativos e estudantes – mas, até agora, pouco cumpriu.
Francisco Augusto Nobre, presidente do Sindicato dos Docentes da Urca (Sindurca – Seção Sindical do ANDES-SN), afirma que os docentes da Urca decidiram pela greve para cobrar do governador o acordo realizado em janeiro, e que a categoria não quer só uma nova promessa de cumprimento, mas sim exige um acordo com o governo que contenha um calendário de concursos com data de posse dos concursados. “Há professores na Urca que fizeram concurso público, foram chamados, mas aguardam há meses a publicação no Diário Oficial da União (DOU)”, disse Nobre.
As outras duas universidades estaduais cearenses também estão mobilizadas, e podem entrar em greve nos próximos dias. Silvia Monteiro, presidente do Sindicato dos Docentes da Universidade Estadual do Vale do Acaraú (Sindiuva – Seção Sindical do ANDES-SN), ressalta que os docentes da UVA estão realizando reuniões setoriais nos campi e mobilizações nessa semana. Os professores decidirão quais os próximos passos da luta no dia 24 (quarta-feira).
Já na Universidade Estadual do Ceará (Uece), a assembleia será na terça-feira (16), pela manhã. Elda Maciel, presidente do Sindicato dos Docentes da Uece (Sinduece – Seção Sindical do ANDES-SN), afirmou que “esse é o momento da retomada da nossa mobilização. Queremos dar uma resposta à inércia do governador, que não cumpriu parte do acordo. É um descaso dele frente à luta das universidades estaduais. A nossa saída será a mobilização conjunta com as demais categorias da Uece, e com as demais universidades estaduais”.
*Com informações de Sindurca-SSind, Sindiuva-SSind e Sinduece-SSind. Imagem do arquivo do ANDES-SN, da greve de janeiro de 2014.
Fonte: ANDES-SN |