A Bolívia comemorou nesta segunda (08) o Dia Internacional da Alfabetização com 3,5% de iletrados, a taxa mais baixa já alcançada no país graças à implementação de programas populares para ensinar a ler e escrever.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), essa porcentagem corresponde a pessoas maiores de 65 anos de idade que vivem em regiões isoladas. A entidade indicou, em seu mais recente relatório, que na Bolívia 96,2% dos habitantes está alfabetizado, ou seja, um aumento de 1,3 pontos com respeito à cifra de 2012. Os nove departamentos registram índices elevados de cidadãos instruídos, mas Pando, Santa Cruz e Beni mostram as melhores cifras.
O vice-ministro de Educação Alternativa e Especial, Noel Aguirre, lembrou sexta-feira passada que com a cooperação de Cuba em 2006 se implementou o programa Yo Sí Puedo (Eu sim posso) para ensinar a população urbana e rural a ler e escrever. O projeto foi concluído em 20 de dezembro de 2008 com a declaração da Bolívia como território livre de analfabetismo. A Organização das Nações Unidas para a Educação (Unesco) concede essa categoria a um país quando sua taxa de analfabetos está abaixo do quatro por cento.
Uma exposição fotográfica será inaugurada no Museu Nacional de Arte, em La Paz, para apresentar os avanços educativos da Bolívia desde 2006. "Estaremos mostrando a história da alfabetização, já que é uma história muito longa que vai mostrar, por exemplo, como era em períodos antes de 2005 e depois de 2005, isto é, como viemos baixando a taxa de analfabetismo até hoje", explicou Aguirre, acrescentando que a exibição também incluirá slides e depoimentos reais de pessoas que passaram pelo processo de instrução.
Fonte: Brasil de Fato |