A centenária Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) enfrenta um processo de sucateamento. É o que afirma a Associação dos Docentes da UFRPE (Aduferpe), Seção Sindical do ANDES-SN, em sua publicação especial que trata das condições de trabalho na universidade pernambucana. Dentre os vários problemas encarados pela UFRPE, as dificuldades estruturais no campus Recife da instituição saltam aos olhos da comunidade acadêmica.
Segundo a Aduferpe, o processo de sucateamento começou há décadas e, posteriormente, foi agudizado com o conjunto de medidas precarizantes e privatizantes no governo de Luis Inácio Lula da Silva, como o Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). A motivação para realizar um levantamento dos problemas da UFRPE e publicá-los em uma revista especial veio da greve de 2012, que durou 124 dias, e teve como pautas justamente as condições de trabalho.
O levantamento, chamado “UFRPE No Apagão”, elenca uma série de obras inacabadas e de problemas básicos na estrutura do campus Recife da instituição. Infelizmente, falta de água, quedas de energia elétrica e ausência de internet e telefones já viraram cotidiano na universidade. O Hospital Veterinário da UFRPE, referência da região, é outro que sofre com o sucateamento – e atualmente se encontra fechado.
Entre as obras esquecidas ou pela metade está uma biblioteca setorial, orçada em mais de cinco milhões de reais e que tinha como prazo de entrega o mês de abril. Os elevadores da reitoria e do departamento de educação física quebram constantemente, enquanto auditórios são utilizados como depósitos. Além disso, grande parte dos departamentos não têm gabinetes para seus docentes, e os que têm apresentam rachaduras nas colunas de sustentação do teto.
Confira o dossiê produzido pela Aduferpe em julho.
Fonte: ANDES-SN |