Nesta quarta-feira (13), às 15h, acontecerá reunião com o reitor da universidade, Marco Antonio Zago, para discutir o corte de ponto dos trabalhadores em greve e para exigir negociação imediata.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da USP, há grevistas que receberam informes sobre o corte de ponto com descontos de 2, 15 e até de 30 dias.
Os trabalhadores, que no último dia 7 realizaram o maior trancaço da história da USP, ameaçam repetir a ação caso seja mantida a data de negociação para apenas 3 de setembro.
Antes da reunião com o reitor, ocorrerá uma assembleia geral em frente ao prédio da reitoria, às 10h30, e hoje o Comando de Greve deve se reunir para organizar a luta e as articulações a fim de intensificar e pressionar o Cruesp.
Na mais recente assembleia - Na última quinta-feira (7) foi deliberada a continuidade da greve, e os alunos também aprovaram a decisão, em apoio ao movimento de professores e funcionários pelo reajuste. Com a expectativa de conquistarem mais pessoas para as futuras mobilizações, a assembleia teve também motivos para celebrar a luta contra a criminalização, podendo comemorar a libertação de Fábio Hideki, aluno e servidor da universidade
Próximas ações - Os professores e funcionários da USP, Unesp e Unicamp organizam um Ato na porta do Palácio dos Bandeirantes, denunciando o governo do estado pela truculência contras os trabalhadores. Esta mobilização tem início marcado para às 14 horas, com concentração na USP, às 11:30 hs, e em passeata até o Palácio.
Além da manifestação, que abrange a intransigência do reitor que segue a linha política e truculenta do governo Alckmin, a proposta das estaduais é trazer esta discussão da educação pública e da repressão a que são submetidos trabalhadores e estudantes. Portanto, o movimento deve entregar um documento com as pautas urgentes dos movimentos sociais e da categoria dos trabalhadores da educação em luta para ser encaminhado ao governador Geraldo Alckmin.
Em outras estaduais
Na Unesp segue sendo avaliado um abono de 21% aplicados sobre os salários de julho de 2014, com reajuste do vale alimentação, somando um aumento de 41,6%, mesma porcentagem conquistada na Unicamp.
Os grevistas devem fazer assembleias ainda nesta semana para discutir a greve
Corte de ponto e radicalização
Com este mais novo ataque, os grevistas realizaram outro trancaço no prédio da reitoria nesta segunda-feira (4). Em protesto contra a postura da reitoria.
No primeiro dia do segundo semestre letivo, parte das aulas também foi suspensa.
Na Unicamp
O reitor da Unicamp informou que o início do 2º semestre, na melhora das hipóteses, começará em setembro devido à greve e a ausência de lançamento das notas de muitos alunos.
O Sindicato dos Trabalhadores da USP também recebeu a informação de que o reitor Tadeu ofereceu um abono salarial de 21% (referente aos quatro meses: maio, junho, julho e agosto), pois em setembro “haverá negociação”.
A Assembleia da Adunicamp (professores) aprovou a suspensão da greve até setembro.
Fonte: CSP-Conlutas |