Pesquisadores e pesquisadoras realizam o 2° Dia Nacional em Defesa da Ciência neste quarta-feira (23). A reivindicação é pelo reajuste das bolsas de estudos dos mestrandos e doutorandos e contra o desmonte da educação do Brasil. A programação organizada pela Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG) marca os nove anos sem reajuste das bolsas de estudo, com acumulo de mais de 70% de desvalorização desde 2013.
A campanha convoca agitação nas redes sociais com o compartilhamento das hashtags #SOSCIÊNCIA e #REAJUSTEJA, além de coleta de assinaturas para abaixo-assinado e comentaço nos perfis páginas no Instagram da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Ministério da Educação (MEC), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Acesse os perfis: @capes_oficial, @cnpq_oficial, @mineducacao e @mcti
"Nesse contexto, em que todo o mundo desenvolvido eleva à ciência, tecnologia e inovação à questão de soberania, o governo brasileiro, deliberadamente, desmonta seu Sistema Nacional de C&T e condena seu ativo mais precioso – as pesquisadoras e os pesquisadores que produzem conhecimento – ao abandono, ao desemprego e à pauperização", é o que afirma trecho do abaixo assinado, que já tem mais de 70 mil assinaturas. Participe, assinando e compartilhando o abaixo-assinado: https://bit.ly/reajusteja
Segundo a ANPG, uma bolsa de mestrado e de doutorado da Capes ou CNPq custa, respectivamente, R$ 1.500 e R$ 2.200, ao mês. Desde o último reajuste, em março de 2013, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do IBGE, acumula 63,47% de alta. Isso significa que, casos as bolsas apenas fossem reajustadas para corrigir as perdas inflacionárias do período, os valores seriam R$ 2.452,10, para mestrandos, e R$ 3.596,41, para doutorandos.
A educação no país sobrevive em um cenário de desmonte, com cortes nos recursos para creches, escolas e universidades, enquanto o ministro da Educação, Milton Ribeiro, revela que "prioriza" amigos de pastores na distribuição de verbas, conforme áudios revelados nesta semana pela Folha de São Paulo. Enquanto isso, pesquisadores e pesquisadoras estão sem investimento em suas pesquisas e carreiras.
Fonte: ADUA com informações do ANPG
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