As servidoras e os servidores públicos(as) federais realizarão, na quarta-feira (16), um Dia Nacional de Mobilização, Paralisações e Manifestações. Estão previstos um ato unificado em Brasília (DF) e outras manifestações nos estados. A mobilização faz parte da luta pelo reajuste de 19,99% e fortalecimento da Campanha Salarial de 2022.
O governo Bolsonaro ignora, há quase dois meses, as reivindicações conjuntas das categorias organizadas nos fóruns das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e Nacional das Categorias Típicas de Estado (Fonacate). Caso as negociações não sejam iniciadas a partir do ato do dia 16, o funcionalismo promete iniciar, em 23 de março, uma greve geral por tempo indeterminado.
As entidades representativas do funcionalismo protocolaram, em 18 de janeiro, a pauta de reivindicações junto aos órgãos do governo federal. Além da recomposição salarial, é exigida a derrubada da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020 – a chamada Reforma Administrativa – e a revogação da Emenda Constitucional (EC) 95, que impôs o Teto dos Gastos por 20 anos em áreas como Saúde e Educação. Essas medidas são parte da estratégia de precarização e desmonte dos serviços públicos.
Comando
Na quarta (9), foi lançado o Comando Nacional de Mobilização e Construção da Greve para unificar as iniciativas da base e fortalecer a organização das categorias. Essas iniciativas integram a Jornada de Lutas dos(as) SPFs e visam intensificar a mobilização pela greve geral dos serviços públicos.
O lançamento foi transmitido ao vivo pelas redes sociais do ANDES-SN, Fonasefe e Fonacate. Na abertura, o integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Paulo Barela, falou sobre a importância da construção da greve diante do cenário atual, com o aumento da pobreza e agravamento das condições de vida da população, em especial a mais pobre e dependente dos serviços públicos.
“Num cenário como esse é ainda mais importante a prestação do serviço público. Estamos vivendo uma situação difícil do ponto de vista da sobrevivência do povo brasileiro, pois a grande maioria está desempregada ou com o salário precarizado (...) sabemos que estamos em uma situação difícil, mas é necessária essa luta para dar a devida resposta a Bolsonaro e seu governo de ultradireita, negacionista e contra o trabalhador”, disse.
Fonte: com informações do ANDES-SN e CSP-Conlutas
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